Uma guarnição do Grupamento de Polícia Militar do Distrito de Barragem Leste (GPM) foi acionada por meio do Centro de Operação da Polícia Militar (Copom) para averiguar a denúncia de que homens vestindo roupas pretas tinham chegado à ponte metálica que liga Alagoas à Bahia em um carro e que tinham seguido a pé na direção da escadaria dos cânions.

Com apoio de guarnições da Força Tarefa (FT) e Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes/Caatinga), os policiais do GPM foram ao local e se depararam com um carro Peugeot 207HB XR S, de cor prata e placa NUT8B49/Tucano-BA, com marcas de tiros nos vidros.

As guarnições pediram apoio ao posto da Polícia Rodoviária Federal de Paulo Afonso (PRF/BA) para verificação da situação do carro e realizaram buscas pelos suspeitos. Os agentes da PRF/BA encontraram dois suspeitos no Bairro Tancredo Neves 2 (BTN2), onde residem.

Os homens alegaram para os policiais que estavam descendo as escadarias do cânion a margem da ponte metálica, quando ouviram estampidos de tiros e fugiram do local. Eles disseram que chegaram a procurar o módulo da PM no bairro onde foram encontrados para informar o ocorrido.

No relatório policial não ficou claro o que aconteceu para o carro ser abandonado. O relato policial é encerrado apenas com a informação de que o carro foi entregue ao proprietário, deixando a entender que seria de outra pessoa, não de um dos homens apontados como suspeitos no documento da ocorrência.

Diante da situação, a reportagem fez questionamentos ao comando do 9º Batalhão de Polícia Militar de Delmiro Gouveia, responsável pela ocorrência, mas não houve retorno. Somente após contato com um dos homens apontados como suspeito, o senhor Carlos Antônio Ferreira da Silva, ficou esclarecido ao Correio Notícia que ele na verdade é o proprietário do automóvel e que foi alvo de uma tentativa de assalto registrada pelo próprio na Polícia Rodoviária Federal (PRF/BA) e na Polícia Militar baiana.

Diante da situação, o Correio Notícia pede desculpas ao proprietário do carro pela confusão promovida pelo relatório não conclusivo da Polícia Militar de Alagoas a respeito da ocorrência.