Uma nova denúncia chegada ao delegado Edberg Sobral, do 114º Distrito Policial (DP), em União dos Palmares, Zona da Mata de Alagoas, incrimina ainda mais um comerciante acusado de abuso sexual contra várias menores naquele município.
O acusado teria engravidado uma adolescente de 17 anos, com quem mantinha relacionamento desde os 13. Conforme a denúncia, o homem teria obrigado a vítima tomar Cytotec, remédio à base de misoprostol, usado no tratamento e prevenção de dor no estômago, para induzir o parto, parar hemorragia uterina pós-parto e como abortivo.
Acompanhada da mãe e de um conselheiro tutelar, a jovem, grávida de quatro meses, prestou depoimento e revelou mais detalhes, entregando para a polícia a caixa do medicamento, que teria sido comprada pelo próprio comerciante e que mantinha escondida dos pais dentro de casa.
Segundo o conselheiro tutelar Alexandre Campos, as declarações da adolescente já era do conhecimento da polícia, que precisava de mais provas.
“A gente já sabia que o suspeito tinha um relacionamento com esta menor, que está gestante de quatro meses. Ela é irmã de outras duas meninas, de 14 e 10 anos, encontradas no quarto de um motel com este comerciante e outras duas amigas delas, que são adolescentes. A que está grávida não estava nesse momento do ato”, disse Alexandre.
Durante interrogatório, o homem negou que tenha mantido relação sexual com as irmãs de 12 e 14 anos, e com a criança de 10 anos. No entanto, ele confirma o relacionamento com a adolescente de 17 anos
O comerciante deve responder por corrupção de menor, crime previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente e está sujeito ao crime de estupro de vulnerável, por ter relatos de que ele mantinha relacionamento sexual com esta adolescente desde os 13 anos.
Além da adolescente, o homem teve relações com duas irmãs da vítima, uma de 14 e outra de 10 anos, flagradas em um motel na companhia do comerciante e outras duas amigas delas, que são adolescentes.
As meninas vão passar por exames de gravidez e de infecção sexualmente transmissível. Também serão acompanhadas por equipes multidisciplinares no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
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