Em nota à imprensa, a direção do Colégio Agnus Dei COC, na cidade de Rio Largo, Região Metropolitana de Maceió (RMM), informou que demitiu o professor e o um auxiliar de disciplina da escola, após serem denunciados por abuso de alunas menores de idade.
Embora as investigações da Polícia Civil (PC) ainda estejam no início, segundo a advogada Julia Nunes, presidente da Associação AME, que acolhe mulheres vítimas de violência, cerca de 30 menores teriam sido vítimas dos dois funcionários da escola. Ainda segundo Julia Nunes uma das vítimas é uma criança de 10 anos que teria sido abusada pelos suspeitos.
"A gente recebeu há 3 dias a informação do pai de uma criança, que havia sido assediada. Ela contou ao pai que vinha sendo alvo de piadinhas, viu gestos obscenos em sala por parte desse professor. Depois, descobrimos o perfil no Instagram com mais denúncias, que mostrava algumas frases ditas pelos agressores. Muitas meninas se identificaram e nos procuraram. Assim, chegamos a 30 casos", afirmou a advogada.
As vítimas relatam que o professor suspeito, que não teve o nome divulgado, usava a força física para beijar e se "esfregar" nas alunas, contra a vontade delas.
Esses abusos teriam ocorrido dentro das dependências do colégio e também no transporte escolar, que era dirigido pelo auxiliar de disciplina.
"Os relatos são gigantescos de meninas que foram agarradas à força, de casos de violência sexual, importunação, abuso, estupro e tentativa de estupro. Uma vítima relatou severos danos psicológicos provocados por crimes cometidos por esse professor há 10 anos. A vítima contou ainda que chegou a ser perseguida pelo agressor mesmo após ter mudado de colégio", detalhou a presidente da AME.
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