Olho D’água das Flores e Santana do Ipanema são os municípios do Sertão de Alagoas que possuem as maiores taxas de homicídio por arma de fogo, segundo dados do Mapa da Violência 2015. O estudo avaliou as ocorrências registradas no período de 2010 a 2012 e elaborou um ranking nacional com 100 cidades.
Na lista, Olho D’água das Flores ocupa a 83ª colocação, enquanto Santana do Ipanema fica na 91ª posição. No período avaliado, foram registrados 6 homicídios em 2010, 14 em 2011 e 9 em 2012, deixando Olho D’água das Flores com uma taxa média de 47,2 homicídios por 100 mil habitantes.
Já Santana do Ipanema registrou 15 homicídios em 2010, 25 em 2011 e 23 em 2012, ficando com uma taxa média de 46,2 homicídios por 100 mil habitantes. Mesmo com uma quantidade absoluta de mortes por arma de fogo maior que Olho D’água, Santana ficou numa colocação mais distante, uma vez que tinha uma população, segundo o estudo, de 45.453 habitantes em 2012, enquanto a população de Olho D’água, no mesmo período, era de 20.460 habitantes.
No ranking das 100 cidades brasileiras com as maiores taxas de homicídio por arma de fogo, as três primeiras colocadas de Alagoas são Pilar (4° lugar na lista nacional), Maceió (9°) e Arapiraca (12°).
Por outro lado, quando se consideram as maiores taxas de homicídio de mulheres, no período de 2009 a 2013, Santana do Ipanema ocupa o 15° lugar no ranking nacional das 100 mais violentas. Segundo esses mesmos dados, o município fica em 2° lugar no estado, atrás apenas de Pilar, na região metropolitana de Maceió.
O Mapa da Violência ressalta ainda que, em 2012, em todo o Brasil, ocorreram 42.416 homicídios por arma de fogo, o que representa 116 mortes a cada dia do ano. “Número bem maior do que é noticiado em nossa imprensa sobre grandes chacinas acontecidas no país ou sobre os terríveis atentados nos frequentes enfrentamentos existentes na Palestina ou no Iraque. Esse número de mortes é, por exemplo, ainda maior que o massacre de Carandiru de outubro de 1992, fato de grande repercussão nacional e internacional”, compara o estudo, no texto do item Considerações Finais.
“Com as mortes por armas de fogo temos pouco mais de um Carandiru por dia, sem todo esse impacto emocional, seja nacional, seja internacional. Pelo contrário, discute-se hoje se amplia ainda mais a posse e circulação das armas de fogo”, pondera o texto.
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