O referido áudio foi anexado a uma fotografia registrada na primeira noite do Festival de Inverno deste ano, onde Horlandinho, Renan Filho, Renan Calheiros, Zé de Dorinha e o atual prefeito, Zé Carlos (PSDB), aparecem juntos, posando para a foto, que, inclusive, já tinha rendido vários comentários de que o ex-prefeito havia se aliado ao grupo do gestor tucano.

Líder do Governo Municipal na Câmara, Horlandinho teria se sentido na obrigação de esclarecer que o ex-prefeito e o atual continuavam adversários políticos e gravou no aplicativo Whatsapp o áudio no qual, sem citar nome, dirige-se a uma das pessoas que aparecem na foto, com várias acusações e ofensas.

“Essa pessoa foi a responsável pelo atraso da cidade de Água Branca e que a equipe de governo só a recebeu no camarote porque tinha educação”, diz o vereador em um trecho do áudio, que você pode conferir ao final do texto.

Ainda na gravação, Horlandinho diz que “quando está em casa, a pessoa está disposta para receber todo mundo, pessoas de bem, mau caráter, corruptas e ladrões. Pessoas que roubaram tratores, dinheiro da educação, saúde e água, as que deixaram o Município no Cauc".

“O Renan Filho e Renan Calheiros são pessoas de bem, que estão ajudando o Governo, porém, têm pessoas nessa foto que entraram de penetras. Chegaram para se aproveitar do evento e tomar até a bênção ao prefeito, Zé Carlos”, afirmou o edil, durante o áudio gravado.

Sem dúvidas de que as imputações foram direcionadas para ele, na manhã da última quarta-feira (15), “Zé de Dorinha” procurou a Delegacia Regional de Polícia (1ª-DR), em Delmiro Gouveia, onde registrou um Boletim de Ocorrência contra o vereador.

O ex-prefeito relatou para a polícia que, mesmo sem citar nomes, Horlandinho se referiu a ele e que, além de ofendê-lo, pediu para que os demais internautas divulgassem o áudio.

Intimado para prestar esclarecimentos na delegacia, o vereador reconheceu a gravação como sendo dele, mas alegou que não postou o conteúdo na internet e que as falas não foram direcionadas a Zé de Dorinha, principalmente porque não cita o nome do ex-prefeito.

O caso, registrado na polícia como calúnia, difamação e injúria, será investigado pelo delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da 1ª-DRP.