Quatro meses depois do assassinato da dona de casa Maria Telma Rodrigues da Silva, 30, o inquérito do crime foi concluído e deverá seguir para apreciação do Ministério Público Estadual (MPE).
Conforme a investigação da polícia, era final de tarde do dia 21 de maio quando o agricultor conhecido como "Erisvaldo Filho de Cícero Preto” chegou na casa da ex-esposa, situada no Sitio Imburana, zona rural de São José da Tapera.
Telma e Erisvaldo foram casados durante seis anos e tiveram uma menina, que tem a mesma idade do tempo que os pais viveram juntos. A dona de casa tinha outra menina, de 10 anos, fruto de outra relação.
Conforme os depoimentos e levantamentos feitos pela Polícia Civil (PC/AL), Erisvaldo teria premeditado o crime. Naquela tarde ele foi à casa da ex-companheira e pediu para as filhas da vítima irem para a casa do pai dele, que fica a poucos metros.
Telma, que durante o casamento teria sido agredida várias vezes por Erisvaldo, desconfiou da atitude e chegou a pedir para as filhas ficarem, mas o poder de convencimento do suspeito foi mais forte e as duas irmãs seguiram a pé para a casa do avô.
Ainda segundo as conclusões da polícia, teria sido nesse momento que Erisvaldo iniciou uma discussão com Telma, de modo que terminou a esfaqueando seis vezes até a morte. Para a polícia a morte de Telma teria sido motivada pelo fato dela ter recusado manter relações com o assassino.
O tempo passou e uma das meninas – a mais velha – sentiu falta da mãe e decidiu voltar para casa, quando se deparou com o ex-marido da mãr limpando sangue das mãos em um mato.
Prevendo o pior, a menina começou a chorar e a pedir para ver a mãe, mas foi impedida pelo ex-padrasto que a levou de volta para a casa do pai, onde teria ele confessado o crime. O relato de Erisvaldo teria sido ouvido pelas duas crianças, que entraram em choque.
Após a conversa com o pai, o suspeito fugiu, mas reapareceu dias após acompanhado de dois advogados. Por ter escapado do flagrante e pelo fado do delegado de Tapera não ter solicitado sua prisão, Erisvaldo foi ouvido, contou sua versão e voltou para a casa da família, onde leva uma vida normal.
A família de Telma cobra Justiça e aguarda que o MPE analise o caso e decida pedri a prisão do assassino. Parentes da vítima temem que o crime caia no esquecimento das autoridades.
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