Parentes e amigos da dona de casa Maria Telma Rodrigues da Silva, 30, morta a facadas pelo ex-marido Erisvaldo Pereira de Souza, o "Erisvaldo Filho de Cícero Preto”, fizeram uma caminhada pelas principais ruas de São José da Tapera, na manhã desta quarta-feira (15), pedindo celeridade da Justiça e a condenação do criminoso, que está em liberdade.
A pé, com cartazes e faixas, o grupo saiu da frente do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), situado no município, e foi até a sede do fórum da cidade.
No Cisp a família de Telma não conseguiu falar com o delegado Emanuel David, que investigou o feminicidio. A informação dos policiais foi que nem ele nem o escrivão estavam de plantão. Já no fórum a informação sobre a ausência do promotor e do juiz foi a mesma.
Decididos a cobrarem por Justiça e criticando o não pedido de prisão do assassino por parte do delegado da Polícia Civil (PC/AL), favorecendo o assassino que segue a vida como se nada tivesse acontecido, familiares da vítima prometem novas manifestações até conseguirem ser atendidos por representantes da Justiça.
Maria Telma foi morta no final da tarde do dia 21 de maio, após o ex-marido chegar em sua casa, no Sitio Imburana, zona rural de Tapera, e convencer a filha, de 6 anos, e a enteada, de 10, a irem para a casa do avô.
Conforme os depoimentos e levantamentos feitos pela Polícia Civil, Erisvaldo teria premeditado o crime.
Afirma a família que a vítima durante os seis anos de casamento teria sido agredida várias vezes por Erisvaldo.
O pedido para que as filhas fossem para a casa do pai fez com que Telma suspeitasse das verdadeiras intenções do ex-marido. Ela ainda pediu para que as meninas não fossem, porém, Erisvaldo terminou convencendo as crianças a irem embora.
Telma foi morta com seis facadas porque teria se recusado a voltar a ter relações com o assassino.
Já era de noite quando a menina de 10 anos saiu da casa do avô e retornou para a casa da mãe. Diz uma das versões que no meio do percurso a criança teria se deparado com o padrasto limpando o sangue das mãos em um mato, as margens da estrada.
Prevendo o pior, a menina começou a chorar e a pedir para ver a mãe, sendo impedida por Erisvaldo, que a levou de volta para a casa do pai, onde teria ele confessado o crime. O relato do assassino teria sido ouvido pelas duas crianças, que entraram em choque.
Após a conversa com o pai, Erisvaldo fugiu. Alguns dias depois ele se apresentou à polícia, fora do flagrante, e acompanhado por advogados. Sem ter tido a prisão pedida pelo delegado Emanuel David, Erisvaldo foi ouvido e liberado.
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