O gerente regional da Unidade de Negócio (UN Sertão) da Companhia de Saneamento de Alagoas, João Neto Alves Barros, foi liberado pela polícia, no fim da tarde desta sexta-feira (25), depois de prestar esclarecimento na Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), em Delmiro Gouveia.
Durante a tarde, ele tinha sido conduzido para a delegacia para prestar esclarecimento, depois de um flagrante realizado por uma equipe da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco da Tríplice Divisa (FPI), comandada pelo sargento Jeilson Lima Vieira, do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
A equipe relatou na delegacia que estava fiscalizando o reservatório da Casal, na Avenida Marechal Cordeiro de Farias, no bairro Campo Grande, quando flagrou várias pessoas dentro da propriedade trabalhando em uma obra que não tinha placa de identificação nem autorização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (CREA/AL).
Ainda de acordo com o relato, o comerciante João Ramos Pereira, conhecido como “João do Ouro”, 73, se identificou como dono da obra, que levaria um extravasamento de água do reservatório da Casal para uma tubulação utilizada pela chácara dele. Ele teria dito que a obra tinha autorização do gerente da Companhia de Saneamento, João Neto.
Conforme o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) registrado pela equipe da FPI do São Francisco, ao adentrar a chácara de “João do Ouro”, a equipe fiscalizadora flagrou uma barragem abastecida com a água transbordada do reservatório da Casal, onde o comerciante criava peixes e captava água para irrigação de plantações na propriedade.
Também consta no TCO que “João do Ouro” não tinha licença ambiental para as atividades flagradas, por isso ele foi levado para a delegacia, onde foi autuado em flagrante pelo crime praticado. Ele foi liberado para responder ao processo em liberdade.
O gerente regional da Casal, João Neto, conduzido para a delegacia para prestar esclarecimentos, explicou para a polícia que a Companhia avaliava uma obra para que a água extravasada do reservatório fosse destinada a algum afluente do Rio São Francisco, quando foi procurado pelo comerciante.
Conforme o relato do gerente na delegacia, “João do Ouro” disse que um córrego passava por dentro da propriedade dele, localizada a cerca de 100 metros do reservatório, e que, se ele o autorizasse, realizaria a obra que seria feita pela Casal, já que um córrego passava por dento de sua propriedade.
João Neto esclareceu para a polícia que autorizou a obra apenas para levar a água extravasada até o córrego na propriedade do comerciante e que não tinha conhecimento de que ele a utilizava para fins de natureza particular. Em contato com a reportagem, a assessoria da Casal esclareceu, ainda, que a água utilizada pelos moradores da comunidade, entre eles o "João de Ouro", era apenas a que transbordava do reservatório, não havendo, portanto, desperdício do líquido.
Um relatório sobre o caso foi encaminhado pela Polícia Civil (PC/AL) para a diretiva estadual da Casal, que, de acordo com João Neto, já havia sido comunicada da autorização que deu para a referida obra.
Nenhum crime foi imputado ao gerente da Unidade de Negócio da Casal no Sertão.
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