As primeiras mortes ocorreram na noite do último dia 18, quando os jovens José Jefferson Braz da Silva, de 28 anos, e seu amigo Carlos Bruno Vilar Lucena, de 26, foram executados em via pública, no bairro Santa Luzia. Um terceiro homem, que estaria sentado na calçada da casa onde mora, foi atingido por disparos e permanece internado em estado grave na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca.

De acordo com o delegado Leonardo Amorim, titular da Delegacia de Homicídios da 2ª Região, há indícios de que Jefferson e Bruno podem ter sido mortos por engano, ao serem confundidos com membros de uma facção rival. Uma das linhas de investigação aponta que os dois teriam ido ao local para comprar drogas, e ao pararem o carro, foram surpreendidos por criminosos de um grupo rival.

Dois dias depois, na tarde da terça-feira (20), pai e filho foram alvo de uma emboscada enquanto chegavam ao centro da cidade, na AL-130, nas proximidades do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Antônio Reinaldo da Silva, de 50 anos, morreu no local. Seu filho, de 15 anos, foi atingido na cabeça e segue internado em estado gravíssimo na Unidade de Emergência, em Arapiraca.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o atentado contra Antônio Reinaldo e o filho tenha sido uma retaliação pelas mortes de Jefferson e Bruno. Antônio Reinaldo, integrante da conhecida família “Raça Negra”, de São José da Tapera, era monitorado pela polícia por suspeita de envolvimento com a facção responsável pelas execuções de domingo.

Com as cinco prisões realizadas durante a “Operação Cúpula”, deflagrada na madrugada da última quinta-feira (22), a polícia busca esclarecer os crimes e identificar os integrantes das facções que disputam o controle do tráfico em Santana do Ipanema e região.

A delegada Daniella Andrade, titular da 2ª Delegacia Regional de Polícia, informou que, com base nos depoimentos colhidos durante a operação, outras ações estão sendo planejadas e devem resultar na prisão dos envolvidos nos recentes homicídios.