Segundo informações da PM/ES, o suspeito demonstrou nervosismo ao ser abordado e, após checagem no sistema policial, foi constatado que havia contra ele um mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio qualificado. Como não portava documentos, a Polícia Civil do Departamento de Polícia Judiciária de Aracruz (DPJ) confirmou sua identidade por meio do reconhecimento em imagens feito por familiares, o que também foi admitido por José Pereira.

Durante os procedimentos, o acusado confessou ter atirado contra a esposa anos antes, alegando que vendeu a arma utilizada no crime, mas não soube informar o destino do objeto. Ele foi conduzido ao DPJ de Aracruz, onde permaneceu à disposição da Justiça para os trâmites legais.

O crime em Inhapi

Maria José Santos Lima foi assassinada no dia 30 de dezembro de 2016, por volta das 16h30, no Sítio Pau Ferro, zona rural de Inhapi. Testemunhas relataram que ela estava na casa da mãe quando foi surpreendida pelo companheiro, que efetuou disparos de arma de fogo. A jovem ainda tentou fugir, mas foi atingida e morreu no local.

Familiares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Na época, o suspeito fugiu logo após o crime e passou a ser considerado foragido.

Reviravolta nas investigações

Inicialmente, a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) não conseguiu reunir provas suficientes para identificar a autoria do homicídio, e o inquérito foi concluído sem apontar responsável. No entanto, em 2024, José Pereira procurou voluntariamente uma delegacia no Ceará, confessou ter matado a esposa e manifestou o desejo de se entregar.

Na ocasião, ele não pôde ser preso, pois não havia mandado em aberto e o flagrante já havia expirado. A Delegacia Distrital de Inhapi reabriu o caso, reuniu novas evidências e representou pela prisão preventiva, deferida pela Justiça de Alagoas.

Com a ordem judicial expedida, o acusado foi localizado no Espírito Santo e capturado, quase nove anos após o crime. Ele aguarda os desdobramentos do processo judicial e deverá responder pelo homicídio qualificado da companheira.