Outros dois homens que estava com a vítima relataram que voltavam juntos de uma vaquejada, com Firmino conduzindo uma caminhonete D-20, de propriedade dele, no momento em que ouviram um barulho parecido com o de um pneu estourando.

Ainda de acordo com as testemunhas, ao parar a caminhonete e descerem para verificar o que havia acontecido, escutaram estampidos de disparos de arma de fogo e fugiram correndo a pé pela caatinga, de modo que não olharam para trás para ver que estava efetuando.

As testemunhas conseguiram escapar ilesas, enquanto Firmino não teve a mesma sorte. Ele foi atingido com vários tiros e morreu ao lado da caminhonete que conduzia, uma Chevrolet D-20, de cor verde e placa JWO6B08/Mata Grande - AL.

Uma guarnição policial do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), situado no município, foi acionada via Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e esteve no local para os primeiros levantamentos. O motivo e a autoria do crime são desconhecidos, mas serão investigados pela Delegacia Distrital de Polícia (28ª-DP).

A reportagem apurou que no dia 24 de agosto de 2022 Firmino matou o irmão Aloísio Nunes Pauferro, 29, segundo ele por engano. Na época a versão dada à polícia foi de que Aloísio estava embriagado, retornando de uma festa pela madrugada e queria dormir na casa do irmão, a quem teria chamado por diversas vezes na porta.

Firmino não teria escutado o chamado do irmão, com isso Aloísio decidiu entrar pela janela da casa, mas durante a ação foi surpreendido com um disparo de espingarda efetuado pelo irmão, que alegou o ter confundido com um ladrão. Ele disse para a polícia que estava escuro e que não conseguiu reconhecer Aloísio no momento.

A vítima ainda foi socorrida com vida e levada para um hospital, mas não resistiu. Firmino fugiu, mas apresentou-se à polícia três dias depois, com uma espingarda de fabricação caseira que alegou ter usado no crime. Ele foi autuado por posse ilegal de arma de fogo e homicídio qualificado e ficou recluso à disposição da Justiça, mas ficou pouco tempo na cadeia.

Firmino é filho de José Carlos Gomes Pauferro, conhecido como “Zé Pezão”, 65, apontado como autor de homicídios, roubo a banco e agiotagem. Entre outros muitos crimes, ele teria assassinado em 2011 o tio Pedro Gomes Pauferro, 67, por conta de uma disputa por herança, e teria envolvimento em um atentado ocorrido em 2022 que resultou na morte de uma mulher em Inajá (PE).

José Carlos Pauferro tem várias passagens pela polícia e chegou a ser preso no ano passado pelo crime em Inajá, mas conseguiu na Justiça a liberdade. Firmino, o filho dele, além do assassinato do irmão, também era apontado como autor de outros crimes.