Um morador de Tacararu, em Pernambuco, se revoltou com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), do posto de Paulo Afonso, na Bahia, após ter o carro apreendido e ficar largado a quase 90 KM de casa, com um bebê recém-nascido e outros familiares. O caso aconteceu na noite desta sexta-feira (8).
Ele contou que estava socorrendo a criança para um hospital, quando a equipe da PRF abordou e apreendeu o carro porque estava com o para-brisa trincado. Além disso o pernambucano foi multado por não estar com o bebê conforto.
O homem contou que um agente chegou a prometer que os levaria de volta para casa ou providenciaria o retorno, mas que ao invés disso apenas acionou o guincho para rebocar o carro para o pátio da instituição e nada mais fez para ajudar o condutor, que ficou largado com um bebê doente no posto da unidade policial.
A reportagem do Correio Notícia tentou contato com o posto da PRF, mas não obteve êxito, mas, por outro lado, par ao site PA4, o inspetor Rodolfo Mello, responsável pela PRF em Paulo Afonso, explicou que o agente que realizou a abordagem agiu dentro da lei, visto que o veículo tinha uma notificação há seis meses para correção do trincado no para-brisa e o problema não havia sido resolvido nesse período, além da irregularidade da ausência de um bebê conforto para transporte do bebê que estava no veículo.
Ainda de acordo com o inspetor, se fosse a primeira vez que condutor tivesse sido flagrado com o vidro trincado, seria notificado e teria 15 dias para resolver o problema, o carro não seria apreendido, mas iria ainda assim ser multado pela ausência do bebê conforto. Quanto ao fato de não levar a família em casa, o agente explicou que o policial não poderia tê-lo feito por questão de segurança.
Conforme o agente da PRF, a moradia da família em questão fica a cerca de 80 quilômetros, por isso seria perigoso trafegar em uma viatura caracterizada por um trecho no qual poderia se deparar com uma situação de assalto a banco e colocar todos em risco. O policial ainda atentou para o fato de que não havia bebê conforto para transportar o recém-nascido na viatura e destacou que nesse caso caberia ao condutor providenciar o retorno para casa.
O inspetor finalizou com o site PA4 informando que a unidade da Polícia Rodoviária Federal enviou os vídeos divulgados pelo condutor ao jurídico da instituição para avaliar uma possível ação judicial contra o homem por conta das imputações e ofensas que ele fez ao agente e à própria PRF.
Veja o vídeo:
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