O jovem assassinado na última quinta-feira (4) no Distrito de Santa Cruz do Deserto, em Mata Grande, é irmão do pistoleiro Marcelo Ferreira da Silva, que em 2013 foi preso e confessou o assassinato de um vereador, ocorrido no mesmo ano, no município de Serra Branca, na Paraíba.
Morto a tiros enquanto caminhava pela rua, Orlando Ferreira da Silva, 29, a princípio, embora seja suspeito de pistolagem, não teria envolvimento na morte do vereador paraibano Geraldo Caetano de Araújo, conhecido como “Déa”, 47, mas a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) não descarta a possibilidade de o caso ter ligação.
Marcelo, irmão de Orlando, foi condenado em 2015 a 26 anos de prisão e está recluso no sistema prisional paraibano, mas outros acusados estão em liberdade. Um deles é um ex-cunhado de Marcelo, que chegou a ser condenado a 22 anos de prisão, mas conseguiu a liberdade.
Ele trabalhava como motorista de um empresário e ex-policial militar, proprietário de uma funerária em Ibimirim – PE, que é apontado pela polícia como mandate do assassinato do vereador Geraldo, com quem tinha desentendimento por conta de uma sociedade rompida.
O empresário foi preso em 2013 e foi condenado em 2016 a 25 anos de prisão em regime fechado, mas, assim como o motorista, conseguiu sair da cadeia.
Segundo a investigação da época, a pedido do patrão, o ex-cunhado de Marcelo teria o levado até a cidade de Serra Branca e mostrado para ele a vítima, que estava em um trailer onde vendia lanches.
Conforme Marcelo confessou para a polícia, a morte do vereador custou R$ 4 mil, valor que ele recebeu pegando uma pistola (utilizada no crime) e R$ 1 mil em dinheiro.
Toda essa trama que resultou na morte do vereador paraibano pode estar rendendo novas mortes e em território alagoano. A PC/AL está investigando e pode desbaratar um possível plano de queima de arquivo ou vingança relacionados ao caso.
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