Familiares do jovem Daniel de Freitas da Silva, 22, desmentem que ele tenha participado dos assassinatos das desempregadas Regina Carlene dos Santos, conhecida como “Carlinha”, 33, e Lalleska da Silva Ferreira Brito, 24, cujo corpos foram encontrados na manhã do dia 2 de dezembro do ano passado, em uma estrada de barro que dá acesso ao Sítio Morcego, entre Santana do Ipanema e Poço das Trincheiras.
Daniel foi preso por determinação da Justiça, na manhã desta terça-feira (13), na casa onde mora, no bairro Arthur Moraes, em Santana do Ipanema. Não obstante, a mãe do suspeito, Gislaine Freitas, afirma que o filho estava em casa na noite em que as duas mulheres foram sequestradas pelos criminosos que as mataram.
“Meu filho tinha sido preso no ano passado e foi solto dias antes das mortes. Na noite que pegaram as duas ele estava em casa, pois tinha medo de sair. Sei que foram as famílias delas que acusaram meu filho e a polícia prendeu sem provas. Eu ia processar a família delas porque tá acusando meu filho e antes de eu procurar o advogado acontece essa prisão”, disse Gislaine.
A mãe, que confirma que o filho havia sido preso por suspeita de tráfico, também afirma que o vídeo divulgado pela polícia que mostra os criminosos comprova que o filho não estava entre os suspeitos.
“Meu filho é casado e trabalha na feira e ficou manco após um acidente. Ele foi preso só porque encontraram drogas numa casa abandonada vizinha a dele, no Arthur Moraes. A polícia acha que todo mundo que mora aqui no bairro é traficante e aí meu filho pagou pelo que não fez. No vídeo dos assassinos não tem ninguém manco e meu filho é manco. Tão acusando um inocente”, desabafa a mãe.
Segundo a delegada Daniella Andrade, titular da Delegacia Regional de Santana, “Carlinha” e a amiga Lalleska caminhavam na noite de 1º de dezembro nas proximidades da ponte sobre o Rio Ipanema, em Santana, quando quatro homens em um carro se aproximaram. Ao perceber a aproximação, “Carlinha” teria gritado para a amiga correr. As duas tentaram se esconder em um local às margens do rio, mas foram encontradas pelos assassinos, que as obrigaram a entrar no porta-malas do veículo, Elas foram levadas para o Sítio Morcego, onde foram mortas.
Imagens de câmeras de segurança de uma loja, conseguidas pela polícia, mostram as duas mulheres sendo perseguidas e rendidas pelos criminosos. As imagens levaram os policiais a identificarem os suspeitos. Com a prisão de Daniel, já são quatro presos suspeitos de envolvimento nas mortes.
Em uma entrevista a um veículo de comunicação em Maceió, a delegada revelou que a principal linha da motivação dos crimes é de que os criminosos estariam à procura do sobrinho de um ex-companheiro de “Carlinha”, um adolescente que estava devendo dinheiro ao tráfico de drogas. Esse jovem também é suspeito de um homicídio em Santana.
Na noite das mortes das duas amigas, conforme a linha de investigação da polícia, os criminosos estavam à procura do adolescente e levaram “Carlinha” na tentativa dela revelar onde ele estava escondido. Por não saber onde o parente do ex-companheiro estava e para não avisar que o jovem era procurado pelos traficantes, Regina foi morta. Sobre Lalleska, acreditam os policiais que a morte dela foi apenas para que ela não revelasse a identidade dos matadores da amiga.
Utilize o formulário abaixo para comentar.