A morte da menina Brenda Carollyne Pereira da Silva, de 5 anos, no domingo (24), na casa onde morava com a mãe, Josimare da Silva, 30, no Povoado São Cristóvão, em Maravilha, ganhou repercussão nacional.
Em sua página pessoal, no Instagran, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, confirmou que não tinha detalhes do crime, mas que ninguém interrompeu o caminho que resultou na tragédia.
"Neste caso, nos parece, que ninguém interrompeu o caminho e ninguém viu ou ouviu os sinais e os pedidos de socorro emitidos pela criança. É fato que muitas vezes as crianças nos pedem socorro por dias, meses e até anos".
Damares Alves informou ainda que integrantes do ministério iriam entrar em contado com a Polícia Civil (PC) a fim de obter mais informações.
"Só quero que a máquina e a política pública funcione de fato e estou trabalhando para isto. Eu não cheguei antes! O Poder Público não chegou antes da morte! A sociedade não chegou antes! A religião não chegou antes! Perdão bebê, eu não cheguei primeiro!", escreveu Damares.
Nesta terça-feira (26) o Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, informou que a criança foi espancada e teve parte da língua e os olhos arrancados com uma tesoura.
A mãe, suspeita do crime, por medida de segurança foi encaminhada para o Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, enquanto é aguardada a decisão da Justiça sobre o pedido da promotora de Justiça Kleytione Pereira que solicitou Josimare fosse submetida a exame de sanidade mental.
A promotora confirmou que teve acesso aos depoimentos de parentes da criança, que esclareceram que a suspeita é casada cerca de seis anos e que o marido trabalha do Estado do Rio de Janeiro e que o corpo da menina foi descoberto pelo pai de Josimare, que aos gritos pediu ajuda a outra filha, que reside próximo. Os familiares confirmaram também que Josimare é mãe de uma adolescente, que não estava em casa na hora do crime e que ela (Josimare) vinha se tratando de disfunções no funcionamento da mente.