O promotor de Justiça da Comarca de Maravilha, Kleytione Pereira, solicitou a internação da mulher que matou a própria filha de cinco anos de idade e arrancou os olhos e parte da língua dela. O crime aconteceu neste domingo (24), no povoado São Cristóvão.
Josimare Gomes da Silva, 30, foi presa em flagrante delito por uma guarnição do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e levada para a Delegacia Regional de Polícia de Delmiro Gouveia (1ª-DRP), onde seria ouvida na manhã desta segunda-feira (25), mas, aparentemente em surto, ela não quis falar.
A Promotoria de Justiça de Maravilha, por meio do promotor Kleytione Pereira, decidiu não pedir a prisão da acusada, levando em consideração que ela estaria em surto no momento em que praticou o crime.
“Em virtude das circunstancias em que se apresentaram no fato, com fortes indícios de que a genitora da vítima possuí problema psicológicos, psiquiátricos, e que talvez no momento do crime estivesse inclusive em surto, o Ministério Público deixa nesse momento de pedir sua prisão preventiva”, explicou o promotor em um vídeo divulgado para a imprensa.
Por outro lado, segundo Kleytione, considerando a periculosidade e a gravidade do crime, o Ministério Público manifestou-se pela internação da acusada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico e requereu a instauração de um incidente de insanidade mental para verificar se ela é portadora de problema psicológico ou psiquiátrico e qual a extensão da doença, caso ela possua.
Conforme o promotor de Justiça, o MP aguarda agora a conclusão do inquérito policial para que haja uma manifestação quanto ao oferecimento de denúncia contra Josimare Gomes da Silva ou seja adotada outra medida jurídica.
Assista ao vídeo:
O crime
Segundo o relato do pai de Josimare Gomes da Silva, por volta das 16h, ela se trancou dentro do banheiro da casa onde residia, com a filha Brenda Marinho Porfírio da Silva, de cinco anos.
Cerca de meia hora depois, preocupado com a filha e a neta, o senhor Marinho Porfírio da Silva decidiu arrombar a porta do banheiro, deparando-se com Josimare com uma tesoura em uma das mãos e ao lado dela a menina Brenda morta, sem os olhos e a língua.
O homem relatou que os olhos da neta estavam jogados próximos do ralo e notou que o pescoço dela estava roxo, como se tivesse sido esmagado.
Outros familiares de Josimare que estiveram no momento do ocorrido dizem que a acusada estava mastigando pedaços da língua da filha morta.
Informados de que a mulher sofria de problema mentais, os policiais do Grupamento de Polícia Militar de Maravilha (GPM) e Centro Integrado de Segurança Pública de Ouro Branco (Cisp) que atenderam a ocorrência acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Josimare foi levada sob escolta policial para o Hospital Regional de Santana do Ipanema, onde foi seda e encaminhada para a Delegacia Regional de Polícia de Delmiro Gouveia (1ª-DRP), onde ficou reclusa à disposição da Justiça.
O corpo da menina foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.
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