A denúncia teve como base o inquérito da Polícia Civil que indiciou o motorista José de Arimateia Soares, 66, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e também por lesão corporal culposa.

O MP analisou os laudos periciais do local e do carro e os depoimentos para depois decidir pela denúncia. Segundo o promotor Lucas Sachsida, autor da ação penal, as imagens anexadas às investigações ilustram com clareza a imprudência do condutor ao fazer uma conversão irregular.

“O condutor de veículo automotor deve, a todo o momento, reger a própria conduta, de forma que ela não constitua perigo para a segurança das pessoas e das coisas, o que faltou à parte ora denunciada, principalmente ao se considerar a transposição de linha férrea e o desrespeito capitular de sinalização de trânsito”, ressaltou o promotor Lucas Sachsida.

Imagens de câmeras de segurança analisadas pela polícia mostram que o motorista reduziu a velocidade e tentou fazer a conversão irregular. A colisão foi tão tão forte que o trem ficou sobre o carro.

Além das vítimas que morreram e do motorista, havia uma quarta pessoa dentro do carro, que ficou ferida. À época, Soares disse que não sabia que o VLT estava em operação e que confundiu o sinal sonoro do trem com a sirene de uma ambulância.

No mesmo dia do acidente, a Defensoria Pública do Estado recomendou à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) mais reforço na sinalização.

Alguns dias depois, foram instalados controladores, equipamentos que fazem a sincronização entre os semáforos da SMTT e os sinais luminosos e sonoros da CBTU.