Aline Ferreira, 28, é suspeita de ter participado da trama que resultou no assassinato do namorado. Ela foi presa na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, em cumprimento de um mandado de prisão preventiva.

No dia do crime ela contou para a polícia que o carro apresentou problema mecânico e que resolveu ligar para pedir ajuda ao namorado, que morava no povoado Serra do Cavalo, zona rural do município. Ela disse que no momento que ele chegou ao local onde ela estava, os dois foram rendidos por pelo menos três homens armados, que anunciaram assalto.

Ainda de acordo com a mulher, o namorado estava armado e reagiu, iniciando um tiroteio que terminou com ele morto com tiros na cabeça e no tórax. Ela contou ainda que depois de matarem o namorado dela, os criminosos arrastaram o corpo para trás do carro que estava com defeito, jogaram um líquido inflamável, atearam fogo e depois também incendiaram o carro dela.

Conforme a mulher, os supostos assaltantes saíram do local a levando como refém até o município de Jatobá, em Pernambuco, onde a liberaram.

Mas, segundo a investigação do caso, ela também mantinha um relacionamento com o empresário Joel Mendes Nogueira, 39, apontado como mandante do assassinato. Ele foi preso em cumprimento de um mandado de prisão preventiva, nesta quarta-feira (28), em uma ação integrada das polícias, no município de Ribeira do Pombal, na Bahia. Com o acusado foram apreendidas uma pistola calibre .380 e várias munições do mesmo calibre, que serão periciadas com a finalidade de descobrir se foram utilizadas na prática do crime.

Segundo o delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia de Delmiro Gouveia (1ª-DRP), responsável pela investigação, o suposto mandante do crime descobriu que fazia parte de um triângulo amoroso entre a companheira e a vítima. Diante da situação, ele teria planejado o assassinato de “Tontom”.

Ainda de acordo com Cavalcanti, ao todo quatro pessoas participaram do assassinato. “Os trabalhos estão conclusos. Não traremos a vida do Tontom de volta, mas tenha certeza de que a punibilidade através da instrução criminal virá pelo devido processo legal”, disse o delegado.

A investigação da equipe policial da 1ª-DRP contou com a participação da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), dirigida pelo delegado Thales Araújo; Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) e Polícia Civil de Paulo Afonso, coordenada pelo delegado Fábio Santos.