Neste sábado (2), dia em que Rodrigo Alapenha completaria 37 anos de idade, a mãe dele, Rita de Cássia Alapenha, usou as redes sociais para cobrar das autoridades alagoanas um desfecho sobre a investigação do assassinato do filho, que foi morto a tiros em Delmiro Gouveia, no dia 11 de agosto de 2017.
Ela escreveu uma “nota de decepção e repúdio”, na qual questiona: “À Segurança Pública do Estado de Alagoas: Caso Rodrigo Alapenha nunca desvendado. Por quê? Peço, como mãe da vítima, que alguém que tenha acesso aos órgãos acima citados, por um grande favor, façam chegar essa nota”.
O questionamento da mãe de Rodrigo ocorreu porque, mesmo quase 17 meses após o crime, a Polícia ainda não divulgou quem são nem prendeu ou indiciou os autores materiais nem os mandantes do crime.
Em outra postagem nas redes sociais (confira as duas abaixo), ela disse: “Hoje é festa no céu, os anjos, arcanjos e toda a corte celeste festejam teu aniversário! Hoje, se estivesse aqui na terra, estarias completando 37 anos, a festa seria aqui, mas a maldade humana não permitiu. Parabéns Rô, nossa estrela celeste. A saudade é grande mas, a certeza do reencontro nos reergue a cada dia”.
O crime
Rodrigo Alapenha, empresário natural de Pernambuco, era genro do ex-prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira. Ele foi assassinado a tiros, no início da tarde do dia 11 de agosto de 2017, por volta das 13h, quando chegava em casa, no Loteamento Rosa de Sharon, no bairro Novo, em Delmiro.
Ele estava em uma caminhonete e, segundo a polícia, foi alvejado com cerca de trinta disparos de arma de fogo que teriam sido efetuados por ocupantes de um carro de passeio.
Segundo testemunhas, o empresário tentou fugir, mas foi baleado e bateu o carro em uma árvore a poucos metros da casa dele. Ele foi atingido por mais de dez tiros em várias partes do corpo e morreu na hora.
Investigação
Após o crime, uma comissão de investigação foi criada para dar celeridade ao caso. Inicialmente, participaram da comissão os delegados Rodrigo Rocha Cavalcanti, da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), Mário Jorge Barros, gerente da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), e Cícero Lima, gerente de Polícia Judiciária da Região 4 (GPJR 4).
Os três já tinham iniciado os trabalhos investigativos no mesmo dia do crime, em apoio à equipe do delegado Valter Fontes Cunha, titular das delegacias distritais de Inhapi e Mata Grande, mas que estava de plantão na 1ª DRP no dia do ocorrido.
Com a saída dos delegados Rodrigo Rocha Cavalcanti e Mário Jorge Barros, passou a fazer parte da comissão o delegado Guilherme Iusten.
“Como em inúmeros outros casos, a Polícia Civil trabalhará para elucidar e chegar aos responsáveis pelo assassinato do empresário, com calma, cautela, discrição e com sigilo para não atrapalhar a investigação. Solicitamos a todo cidadão que tiver informação, que possa colaborar, comunique pelo disque denúncia no 181”, disse o delegado-geral Paulo Cerqueira, por meio da Assessoria de Comunicação da PC/AL, na época em que a comissão foi criada, ainda em 2017. De lá até agora, porém, a verdade sobre o caso ainda não foi revelada.
Utilize o formulário abaixo para comentar.