A população idosa em Alagoas, duplamente, não tem o que comemorar. Além da pandemia, idosos alagoanos enfrentam a violência.
Dados da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL) divulgados nesta sexta-feira (11), revelam que 35 idosos foram assassinados durante o ano passado. A maioria deles, vítima de arma de fogo.
O levantamento foi conseguido através de informações solicitadas a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), e através de matérias jornalísticas da imprensa alagoana.
Os levantamentos da Comissão Especial do Idoso retratam que 30 das vítimas eram do sexo masculino e, 34 dos crimes aconteceram no interior. Apenas um dos homicídios foi registrado em Maceió.
A cidade com os maiores números de casos foram Atalaia e Maribondo, com duas vítimas cada. Também foram registradas mortes em Maceió, Canapi, Junqueiro, Carneiros, União dos Palmares, Anadia e Mata Grande.
Foram 18 vítimas de arma de fogo, dez de arma branca e seis idosos mortos por espancamento no estado. Houve também o registro de um estrangulamento.
Em comparação ao ano de 2019, houve um aumento de dois casos, totalizando 33 homicídios, sendo 25 praticados no interior do estado e 8 na capital. Em 2019, os municípios com maior incidência de registros são Arapiraca, Marechal Deodoro, Cajueiro e Maceió. Em relação ao gênero das vítimas, 28 foram praticados contra homem e 5 contra mulher.
Segundo a presidente do Concelho Estadual do Idoso, Elisabeth Toledo, a população idosa brasileira tem sofrido os mais diversos tipos de violência.
“Só no Brasil, em 2020, foram registrados 85% de denúncias contra o idoso somente na pandemia, precisamos ajudar a quem precisa. Em Maceió temos 4 delegacias que prestam apoio aos idosos e elas estão em situação precárias. Por isso atitudes como essa fazem a diferença”, disse ela.
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