Uma operação das polícias Civil e Militar, desencadeada na noite desta quinta-feira (16), no município de Delmiro Gouveia, resultou na prisão de quatro pessoas, entre elas suspeitos de terem trocado tiros com um delegado e em um policial militar.
Os presos foram identificados como Josemar Ferreira da Silva (18), Marcelo Alves Lima (18), Adelson Rodrigues da Silva, conhecido como “Adelson Mototaxista” (44) e Francival Ferreira Lima (59). Na residência do idoso foram encontrados uma espingarda de fabricação caseira, um coldre de revólver calibre 38 e várias munições do mesmo calibre deflagradas.
Segundo o delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), sediada na cidade, os presos Marcelo e Josemar estavam com mandados de prisão em aberto por homicídios e tráfico de drogas, numa localidade conhecida como "Ponto Chique", no bairro Desvio. “Os acusados faziam parte do grupo criminoso liderado por Walisson dos Santos Silva, filho da traficante Givanilda Firmino dos Santos, conhecida como Givani”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, o foragido Walisson praticou dois assassinatos no referido bairro, um sozinho e o outro com a participação de Marcelo e Josemar. “Os dois crimes estão elucidados. Marcelo e Josemar já estão presos e Walisson está foragido da Justiça”, disse.
Rodrigo Cavalcanti e o cabo Da Silva estavam monitorando os três referidos acusados, quando ao realizar uma abordagem aos condutores de duas motos, em um trecho da AL-220, próximo ao quilômetro 44, na zona rural do município, foram recebidos a tiros. Conforme o delegado regional, os disparos foram efetuados por um criminoso de Maceió identificado apenas como “Coringa ou Belisco”, que está foragido.
“Ele estava como passageiro da moto que era conduzida pelo mototaxista Adelson e efetuou pelo menos seis disparos na direção do carro em que eu estava junto com o cabo Da Silva. Um dos tiros por pouco não acertou o militar. Nós revidamos, mas os dois juntamente com Marcelo, que estava conduzindo a outra moto, conseguiram fugir”, disse o delegado se referindo à troca de tiros.
Conforme Cavalcanti, o mototaxista que foi preso poucas horas depois do ocorrido, alegou que estava como refém de “Coringa” e de outra pessoa que seria Marcelo, este que juntamente com Josemar teria confirmado a versão do mototaxista.
Após ser preso, Josemar disse que “Coringa” estava escondido na residência do senhor Francival Ferreira, localizada no Sítio Araçá, zona rural do município. O agricultor, que é tio de Josemar, relatou que o sobrinho e o comparsa passaram na casa dele, mas que não quis a permanência dos dois no local por suspeitar da atitude deles.
Ao finalizar a operação, o delegado agradeceu ao apoio das forças de segurança pública do estado e reiterou a importância dos trabalhos integrados. “Os bandidos jamais serão mais fortes que as polícias unidas”, finalizou.
A operação foi comandada pelo delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti e o tenente-coronel Joaz Fontes, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), ambos coordenadores da 24ª Área Integrada de Segurança Pública (AISP). Participaram policiais civis da 1ª-DRP e militares do Pelotão de Operação Especiais (Pelopes), Rádio Patrulha (R/P) e Companhia Independente de Operações em Área de Caatinga (Ciopac), além de guardas municipais.
Os trabalhos foram acompanhados pela gerente de polícia judiciária da área 1, delegada Ana Luiza Nogueira, delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira; chefe do Comando de Policiamento de Área do Interior (CPAI-1), coronel Luiz Carlos, comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio; e o secretário de estado da segurança pública, coronel Lima Júnior.
Todos os presos foram levados para a 1ª-DRP, onde foram autuados pelos crimes cometidos e ficaram reclusos à disposição da Justiça.
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