Foi absolvido da acusação de homicídio um homem que, em 2012, para fugir de um sequestro, matou com uma facada e tiros um policial militar de Sergipe que participou de sua captura e condução ilegal até uma área de mata, em Piranhas, onde ele percebeu que seria executado. O juiz e o Ministério Público entenderam que ele agiu em legítima defesa.
Dércio de Oliveira, julgado e considerado inocente nesta quinta-feira (5), em Piranhas, havia sido sequestrado no dia 31 de maio de 2012 por um homem chamado José Ailton de Souza, com o qual ele supostamente tinha dívidas, em Aquidabã, em Sergipe.
José Ailton de Souza havia convidado o policial militar sergipano Romildo dos Santos Alves para acompanhá-lo na cobrança da dívida a Dércio de Oliveira. Conforme a denúncia, os dois chegaram armados ao encontro com o suposto devedor.
Como não fez o pagamento na hora da cobrança, Dércio de Oliveira foi algemado pelo policial Romildo dos Santos Alves, que não tinha mandado de prisão para levá-lo sob custódia, e colocado no veículo Corsa Sedan, de cor cinza e placa NZN-7409/SE, seguindo até Glória (SE). Em seguida, Dércio foi colocado no porta-malas do veículo.
Em depoimento, ele contou que o policial e José Ailton de Souza só pararam o carro numa área próxima ao Assentamento Dois Irmãos, já em Piranhas (AL), local em que ele foi retirado do porta-malas, as algemas foram retiradas de seus pulsos e ele teve as mãos amarradas com fita de nylon.
Durante esse momento, Dércio afirmou que já tinha percebido que seria executado e, num suposto descuido do policial Romildo dos Santos Alves e de José Ailton de Souza, reagiu e conseguiu pegar uma faca, atingindo com um golpe o pescoço do policial. Em seguida, entrou rapidamente no carro, onde estava a arma do policial, e efetuou vários disparos, provocando a morte dele.
Depois de matar o PM, Dércio ainda chegou a ser ferido com um tiro efetuado por José Ailton, que também estava armado. Os dois ficaram feridos e uma quarta pessoa que passava pelo local, a qual se disse ser policial, pegou as armas e saiu dizendo que iria acionar a polícia. Ela não foi identificada e desapareceu levando as armas.
Após a ocorrência, equipes da PM e da PC foram comunicadas por populares que se deslocavam da cidade de Piranhas para a zona rural, visto que na época acontecia o Forrogaço.
*Com informações do site Italotimoteo.com.br
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