A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), por meio da equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), localizou e prendeu nesta quinta-feira (21) dois suspeitos de participação na agressão contra João Mailson Correia Brandão, conhecido como “Nininho de Tam Reis”, violentamente espancado e encontrado sem roupas em uma estrada vicinal na zona rural de Inhapi.
Os suspeitos são um adolescente de 16 anos e um homem maior de idade, ambos moradores de Inhapi. Eles foram detidos no próprio município e encaminhados à sede da DHPP, instalada no Centro Integrado de Segurança Pública de Delmiro Gouveia (Cisp), onde passaram por exame de corpo de delito, prestaram depoimento e confessaram envolvimento no crime.
À polícia, os dois alegaram que foram chamados pela vítima para beber e, durante o trajeto, Nininho teria feito uma proposta para manter relações sexuais com eles. Segundo o relato, essa teria sido a motivação para o espancamento. Os agressores afirmaram ainda que usaram um pedaço de madeira para bater apenas nos braços e nas pernas da vítima.
A versão, no entanto, não convenceu os investigadores. De acordo com a Polícia Civil, a vítima apresentava múltiplos ferimentos por todo o corpo, especialmente na cabeça, o que não condiz com o depoimento dos suspeitos. Além disso, eles não souberam explicar porque deixaram o jovem nu na estrada, tampouco esclareceram se houve violência sexual.
A operação foi coordenada pelo delegado Andrey Silva e pelo chefe de operações Zé Lobinho, com apoio das equipes 1 e 2 da DHPP, das Guardas Municipais de Inhapi e Mata Grande, além da Polícia Civil de Inhapi, sob comando do agente Flávio Moreira.
Os envolvidos seguem detidos à disposição da Justiça.
Estado de saúde da vítima
Internado em um hospital de Arapiraca, João Mailson, que é morador de Mata Grande, apresentou melhora clínica significativa. Ele havia sido entubado em estado grave, mas, segundo familiares, nesta quinta-feira (21) os médicos retiraram a sedação e o paciente começou a reagir, inclusive respondendo a estímulos de contato com os parentes.
A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer as reais motivações do crime, apurar se houve violência sexual e identificar se há outros envolvidos.
Utilize o formulário abaixo para comentar.