Os crimes chocantes ocorreram na madrugada do dia 1° de janeiro de 2024, logo após as comemorações de Réveillon no Centro Histórico de Piranhas. Segundo as investigações, Daniel primeiro agrediu brutalmente sua companheira, Raiane da Silva Dantas, então com 16 anos. Testemunhas relataram que ele esmurrou a jovem e bateu sua cabeça no chão enquanto gritava ameaças de morte. A situação só foi interrompida graças à intervenção de moradores locais, incluindo uma amiga da vítima que ouviu os gritos de socorro.

Horas depois, em um ato ainda mais cruel, o acusado se dirigiu à residência da família no Sítio Poço Doce. Lá, aproveitando que sua cunhada, então com 17 anos, dormia, ele cometeu estupro mediante violência e ameaças. O exame de corpo de delito realizado posteriormente confirmou a violência sexual sofrida pela adolescente.

A operação policial que resultou na prisão foi conduzida pela 29ª Delegacia Distrital de Polícia de Inhapi em conjunto com a Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol). De acordo com o chefe de operações, Flávio Moreira, o trabalho minucioso de inteligência permitiu localizar o acusado que tentava se esconder na zona rural. Daniel foi encaminhado ao Centro Integrado de Segurança Pública de Delmiro Gouveia, onde está à disposição da Justiça.

O caso já havia mobilizado o Ministério Público de Alagoas, que em fevereiro solicitara a prisão preventiva do acusado. As acusações formais incluem estupro qualificado (com pena prevista de 8 a 12 anos de prisão), lesão corporal no contexto da Lei Maria da Penha (1 a 4 anos) e ameaça (6 meses a 1 ano de detenção).

A mãe das vítimas emocionou-se ao comentar a prisão: "Ele destruiu a vida das minhas filhas. Agora vai pagar por tudo o que fez", disse.