Segundo a investigação policial da época, uma menina de 8 anos, acompanhada de um irmão de 5 anos, foi até uma bodega situada no sítio para comprar “confeitos”, mas o estabelecimento estava fechado. A proprietária estava em casa e pediu para que o irmão “Lobão” abrisse o comércio para fazer a venda às crianças.

Conforme apurou a polícia, depois que as crianças entraram na bodega, “Lobão”, que na época tinha 24 anos de idade, pediu para que a menina passasse para o outro lado do balcão, onde a estuprou, praticando conjunção carnal. Ao final do ato criminoso, o acusado teria dado algumas balas doces para a menina para que ela não revelasse para os familiares o ocorrido.

Os familiares notaram um comportamento diferente na vítima, quando a questionaram sobre o que teria ocorrido e ela contou o que aconteceu. O caso foi comunicado à polícia, que instaurou um inquérito policial contra “Lobão”. O processo foi remetido ao Ministério Público (MP), por meio da Promotoria de Justiça de Batalha, que ofereceu denúncia contra o acusado no Poder Judiciário.

“Lobão” teve a prisão preventiva decretada e chegou a ser preso, mas depois conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade.

Segundo o pai do acusado, o advogado do caso conseguiu uma autorização para o filho viajar para trabalhar no estado do Mato Grosso. “Ele não estava foragido, como foi divulgado. Estava trabalhando e com autorização da Justiça”, defendeu.

Conforme o genitor de “Lobão”, o advogado dele morreu vítima da Covid-19, de modo que o processo ficou por um tempo sem representatividade. “Estávamos tentando resolver para colocar outro advogado, mas aí a Justiça tomou a decisão dela”, concluiu o homem.

Sem acompanhamento do processo devido ao falecimento do advogado, “Lobão” foi condenado, à revelia, a 10 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado.

Com uma ordem de prisão em aberta, “Lobão” foi localizado em Macelândia (MT) depois de um trabalho em conjunto entre a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), por meio da Gerência de Inteligência Policial (Ginpol), e a Polícia Civil do Mato Grosso, através da Delegacia Distrital do município mato-grossense onde tentava.

Agora capturado, ele está recluso em Macelândia à disposição da Justiça de Alagoas.