Está preso o sargento reformado apontado como autor dos disparos de arma de fogo que feriram três meninos, no dia 10 deste mês, em Senador Rui Palmeira. A prisão foi realizada pelas polícias Civil e Militar, na tarde desta quinta-feira (24), em cumprimento de um mandado de prisão temporária.
Uma equipe da Delegacia de Polícia de São José da Tapera, com apoio da Polícia Militar (PM/AL), prendeu Jorge Vieira Ramos, 55, em uma chácara pertencente a ele, em Olho D’água das Flores. Ele foi encaminhado para um presídio militar, situado em Maceió, onde deve ficar recluso pelo menos durante os 30 dias da prisão temporária determinada pela Justiça.
O caso
Três menores de idade foram vítimas de um atentando à bala, na noite do dia 10 deste mês, por volta das 22h, próximo de uma localidade conhecida como Riacho Salgadinho, na Rua Divaldo Suruagy, na cidade de Senador Rui Palmeira.
As vítimas, dois irmãos de 10 e 11 anos, e um tio delas, de 14 anos, estavam na porta da residência, quando foram atingidas com os tiros que, segundo testemunhas, foram efetuados por um policial militar da reserva, que estaria embriagado.
Um dos meninos contou que estava junto com os outros jogando no celular em frente de casa, quando um carro passou por eles, parou um pouco na frente, deu ré e o condutor começou a atirar na direção deles.
Os dois irmãos correram na hora do tiroteio, mas foram atingidos. O de 11 anos foi atingido duas vezes na perna esquerda e teve fratura na tíbia, já o de 10 anos foi atingido na perna esquerda e o tiro transfixou, ferindo a outra perna.
O adolescente de 14 anos não conseguiu correr, foi atingido no tórax e a bala ficou alojada no pulmão. Ele está internado em estado grave no Hospital Regional de Santana do Ipanema.
O atirador fugiu do local com o carro em alta velocidade pela rua.
Em uma entrevista ao site Alagoas na Net, o sargento aposentado Jorge Vieira Ramos confessou que foi o autor dos disparos de arma de fogo que atingiram as vítimas, mas alegou que os tiros não foram intencionais e que perseguia duas pessoas que o haviam atacado momentos antes, quando então atirou a esmo, numa rua escura, sem ter notado a presença dos meninos, que estavam na calçada mexendo em celulares. Ele classificou o episódio como uma fatalidade.
Ainda na entrevista ao portal Alagoas na Net, o militar da reserva reconheceu que procedeu de maneira errada. “Eu não deveria ter atirado a esmo. Sei as consequências disso e não estou fugindo da responsabilidade”, completou.
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