Segundo a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), o primeiro caso aconteceu em maio de 2023, quando uma adolescente de 15 anos foi arrastada pelo professor para um terreno escuro e densamente vegetado, onde foi estuprada. A vítima, coagida a manter silêncio, enfrentou ameaças constantes do suspeito, vivendo com o receio de revelar o ocorrido por um longo período, já que o abusador, além de professor dela, tinha parentesco familiar com ela.

A coragem da vítima para denunciar só surgiu em janeiro de 2024, quando ela tomou conhecimento de que outra ex-aluna da mesma escola, uma criança de 11 anos, teria sido supostamente assediada pelo mesmo professor, fato que resultou no afastamento dele das atividades na instituição. A criança também relatou que foi assediada pessoalmente e por mensagens enviadas pelo suspeito, que tentava aliciá-la para encontros sexuais.

A primeira vítima teve o caso devidamente investigado pela equipe do 30° Distrito Policial de Canapi, comandado pelo delegado Daniel Mayer, que solicitou a prisão preventiva do suposto estuprador à Justiça. O segundo caso, envolvendo a segunda vítima, ainda está em fase de investigação pelas autoridades policiais.

O suspeito foi preso na residência dele, em Piranhas, sem oferecer resistência. Ele foi encaminhado para a 2ª Delegacia Regional de Polícia de Santana do Ipanema (DRP), onde foi interrogado e negou as acusações. Ele ficou recluso à disposição da Justiça.