Supostas traições indicam ser o motivo do assassinato da jovem Maria Carolina Almeida Vieira, de 26 anos, natural de São José da Tapera. A afirmação foi do delegado Gabriel Fagundes de Toledo Neto, do 2º Distrito Policial, de Santa Bárbara D'oeste, interior de São Paulo, responsável pelas investigações, em entrevista à TV Todo Dia, naquele Estado.
O corpo da taperense foi encontrado em um bueiro, na tarde da quarta-feira (25), na esquina da Rua do Chá com a Rua do Couro, no Jardim Pérola, em Santa Bárbara, por uma equipe de técnicos de uma empresa de gás encanado que fazia serviços no local.
Ela estava desaparecida desde o dia 19 de setembro e mesmo com o corpo em adiantado estado de putrefação, sua identificação se tornou fácil devido a uma queixa de desaparecimento.
Segundo o delegado, a atitude do namorado, o sergipano José Albert Menezes, de 24 anos, despertou a atenção da polícia. Mesmo com a namorada desaparecida, ele não apresentava preocupação e quando descobriu que a polícia havia sido informada teria ficado nervoso.
Após ouvir amigas da jovem, que havia deixado Tapera há cerca de oito meses, os quais relataram que o casal vivia brigando constantemente e que Carolina teria falado que temia ser morta, pois José Albert havia descoberto as supostas traições, o delegado decidiu convidá-lo a ir na delegacia. Porém, quando os policiais chegaram no local de trabalho do suspeito, ele tentou fugir, sendo dominado e levado para a delegacia, onde confessou o feminicídio, apresentando como a motivação as constantes traições que alegou ter sofrido de Ana Carolina. A vítima, conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML), morreu por asfixia.
Por telefone, o pai da vítima, Arnaldo de Jesus Vieira, disse para a reportagem da TV Todo Dia que a filha estava desaparecida há um mês e confirmou que ela tinha um namorado na cidade paulista de Santa Bárbara. A afirmação do pai de Ana Carolina, segundo o delegado, são verdadeiras, pois no Facebook da vítima, numa postagem de 11 de setembro, ela fazia menções de um outro namorado.
Emocionado com o trágico final da filha, Arnaldo relatou que a última vez que manteve contato com Ana Carolina foi pelo Whatsapp, quando a jovem disse que estava com a tela do celular quebrada, mas que tudo estava bem e que havia reservado uma passagem para retornar para Tapera, de modo que chegaria na manhã de 26 de setembro.
José Albert vai responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele está recluso à disposição da Justiça.
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