Um dos suspeitos do assassinato de Ricart Lino Moreira e Fábio Elias da Silva morreu em confronto com policiais, na tarde desta terça-feira (3), por volta das 14h, na Rua Fernandes Lima, no bairro Campo Grande, em Delmiro Gouveia.
O homem, cujo nome ainda não foi divulgado, teria atirado na direção de viaturas das polícias Civil e Militar, durante abordagem. Os policiais reagiram à ação, atingido o suspeito, que ainda foi levado para o hospital da cidade, mas deu entrada na unidade de saúde já sem vida.
O crime
Segundo a Polícia Civil (PC/AL), Fábio Elias da Silva, 33, seria o alvo e Ricart Lino Moreira, 33, teria sido morto como queima de arquivo, ou seja, foi assassinado porque poderia ser uma testemunha que levaria a polícia até os criminosos.
“Os dois estavam juntos, quando, de acordo com testemunhas, um carro parou próximo, uma pessoa desceu e atirou em Fábio e depois em Ricart, que ainda tentou correr, mas foi atingido e morreu”, disse o delegado Rodrigo Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), sediada em Delmiro Gouveia.
Conforme o delegado, testemunhas relataram que o assassino era galego, de estatura baixa, trajava camisa amarela e bermuda ou calça jeans e calçava tênis. “Podemos adiantar ainda que ele atirou com uma pistola calibre .380”, acrescentou.
Para Rodrigo Cavalcanti, não há dúvidas de que a morte de Fábio foi premeditada e que se trata de execução. “Sabemos que ele vendia joias em Delmiro Gouveia e Petrolina, no Pernambuco. O crime pode estar relacionado ao negócio dele, mas também pode estar relacionado a uma questão pessoal. Quem matou estava com muita raiva”, disse.
De acordo com o delegado, Fábio viajava muito para a cidade de Petrolina, inclusive tinha chegado recentemente de lá, mas um levantamento da vida pregressa dele indicou que ele não tinha problemas aparentes, principalmente com drogas e envolvimento em crimes. “O mesmo aconteceu com Ricart, que trabalhava em uma loja da cidade e também levava uma vida tranquila na sociedade”, relatou.
Em meio à investigação, o delegado não descarta a possibilidade de que as vítimas tenham sido mortas por engano. Cavalcanti explicou que outra pessoa, cuja identidade foi preservada por ele, estava no local do crime e tinha acabado de sair, no momento do atentado. A suspeita é de que ela fosse o alvo da investida.
Imagens de câmeras de segurança do perímetro de onde aconteceram os assassinatos mostram o carro utilizado no crime. Vídeos mostram o momento em que um carro Volkswagen Golf, de cor branca e placa não identificada pelas imagens, surge do bairro Bom Sossego, passa em frente do local onde as vítimas estão e faz o retorno por trás do quarteirão.
Várias câmeras filmaram o veículo, de vidros escuros, mas nenhuma conseguiu capturar nitidamente a placa, no entanto, de acordo com o delegado Rodrigo Cavalcanti, uma equipe técnica da Polícia Civil está verificando as imagens e pode identificar a placa, levando a polícia aos autores do duplo homicídio.
Por outro lado, ainda segundo o delegado, uma testemunha informou que o carro teria placa do município de Petrolina (PE), mas que não havia conseguido anotar. “Ela relatou que o veículo passou muito rápido, o que lhe chamou a atenção, mas que conseguiu memorizar apenas o nome da cidade que viu na placa”, afirmou.
Não há imagens que mostram o momento do assassinato, mas o carro tem as mesmas características repassadas por testemunhas que presenciaram o crime.
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