O auxiliar de topografia Cícero Viera da Silva, conhecido como “Careca”, 35, suspeito de matar outro homem a facadas, na última sexta-feira (5), na Avenida Maceió, no bairro Xingó, em Piranhas, apresentou-se na Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), na tarde desta segunda-feira (8).
Acompanhado de um advogado, Cícero confessou a autoria do assassinato do pedreiro Leandro da Silva Rodrigues, 25, mas alegando legítima defesa. Ele relatou que estava dentro de um bar, bebendo com um amigo, quando a vítima chegou embriagada ao local, abordou-o e disse que ele não era homem como o pai.
O suspeito contou ainda na delegacia que decidiu ir para casa, para evitar confusão com a vítima, que, segundo ele, não a conhecia. No entanto, retornou para a localidade depois que um amigo ligou para ele pedindo para que o levasse de moto a outra parte da cidade.
Conforme Cícero, o amigo reside em frente do bar de onde tinha acabado de sair, com isso, enquanto o aguardava na rua, Leandro aproximou-se e voltou a ofendê-lo, dizendo que ele não era homem e que iria matá-lo.
De acordo com Cícero, a vítima deu-lhe uma tapa no rosto e retirou da cintura uma faca peixeira, quando se agarrou com ele e os dois caíram no chão. O suspeito contou que se levantou e notou que uma das mãos estava suja de sangue, mas que ficou na dúvida se era da vítima ou dele próprio.
Cícero relatou para a polícia que, sem saber que Leandro estava ferido, retornou de moto para casa, mas, temendo-o, viajou para a residência do pai, no Conjunto Habitacional Sônia Coco, conhecido como “369 Casas”, no bairro Caraibeirinhas, em Delmiro Gouveia.
O suspeito contou ainda na delegacia que tomou conhecimento da morte de Leandro por meio da esposa, que ligou depois que policiais estiveram na residência do casal à procura dele. Ele foi liberado pela polícia porque estava fora do flagrante nem havia mandado de prisão em desfavor dele.
Segundo o delegado regional, Rodrigo Cavalcanti, que ouviu o depoimento do suspeito, o caso continua sendo investigado pelo delegado Daniel Mayer, titular da Delegacia de Polícia de Piranhas (32ª-DP). “Ele vai verificar as alegações de legítima defesa para concluir o inquérito policial”, finalizou.
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