O senador eleito por Alagoas, Renan Filho (MDB), afirmou em entrevista ao Poder 360, perceber um caminho difícil quando o assunto é a democracia no Brasil. Para ele, a demora de Jair Bolsonaro (PL) em reconhecer a vitória do presidente eleito, Lula (PT), reforçou os protestos anti-democráticos ocasionados em todo o país.
“A democracia brasileira tem percorrido caminhos difíceis ao longo dos últimos tempos. Com a eleição do presidente Lula, nós continuamos a visualizar essas dificuldades. Especialmente pela demora do presidente da república em reconhecer a derrota”, afirmou.
Para Renan, atitudes dessa natureza não contribuem com o processo democrático. “Isso minimiza o papel dele, pois obteve uma votação muito significativa, superando a eleição anterior. Ao não reconhecer, ele diminui a importância dessa votação, deixando o país à sua própria sorte”, acrescentou.
O senador eleito enfatizou a importância do encerramento dos protestos para o bem do país. “Espero observar a normalização do Brasil o mais breve possível. As instituições têm desempenhado um papel fundamental - O Supremo Tribunal Federal (STF); Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Congresso Nacional. Essas instituições estão reiterando a importância do respeito ao resultado das urnas”, enfatizou.
MDB no governo Lula
Questionado sobre o apoio dele e de Renan Calheiros à candidatura de Lula, o senador eleito enfatizou respeitar o nome de Simone Tebet. “Ela é uma boa representação do nosso partido. Entretanto, naquele momento, identificamos não caber espaço para uma terceira via, com o evidente cenário de polarização, por isso, apoiamos desde o início o nome do Lula”, explicou.
De acordo com Renan Filho, a legenda vai estar ao lado do presidente para colaborar com o funcionamento do governo a partir de janeiro de 2023. “Esse é um governo com necessidade de amplitude. O diálogo com todos os segmentos da sociedade é fundamental. Vejo no MDB um partido com colaboração nessa direção”, explicitou.
Na fala, ele também enfatizou possíveis dificuldades encontradas a partir de janeiro pelo governo de Lula, tendo em vista os índices econômicos e a falta de planejamento orçamentário do atual mandatário do Brasil.
“Vai ser preciso muita racionalidade para cuidar das pessoas, ou seja, aquelas necessitadas de um maior apoio do poder público. E, ao mesmo tempo, lançar as bases para o reencontro econômico, de investimentos. Analiso a chegada de um duro ciclo, difícil e por isso defendi a eleição do presidente Lula para esse desafio, pois vejo nele preparação para esse cenário turbulento”, concluiu.
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