O painel foi realizado no formato de talk-show, com debate entre os participantes e perguntas da plateia. A influência da conservação de solo na recomposição da mata ciliar, os impactos nas cidades ribeirinhas e o papel dos municípios na revitalização do rio, o saneamento e o reuso da água, além do compartilhamento de experiências exitosas e boas práticas foram os principais aspectos discutidos no painel.

Em sua fala de abertura, o governador alagoano reforçou a necessidade de movimentar a economia da região do semiárido, possuinte de vocação para atividades como a fruticultura irrigada, que tem uma grande capacidade de geração de emprego.

“Precisamos pensar em soluções que garantam melhores condições de vida para a população das comunidades ribeirinhas, por meio da inclusão produtiva, gerando, assim, oportunidade de trabalho e desenvolvimento da economia da região, desde que não se esgotem os recursos naturais. Sem essa sustentabilidade e otimização da água, perdemos investimentos”, disse Renan Filho.

Ele lembrou ainda que, antes deste processo, é preciso também obter recursos para projetos de esgotamento sanitário e desassoreamento, que possam levar água para o consumo humano.

Renan Filho lembrou ainda que é fundamental que haja uma discussão sobre a transferência de recursos e a participação dos entes municipais nesta mobilização, tendo em vista que eles são os mais habilitados para executarem ações e fazer o monitoramento dos resultados.

"As prefeituras de todo o Brasil passam por um momento muito difícil. As esferas estaduais e federal precisam discutir as melhores formas de oferecer amparo para os municípios, eles são os mais preparados para fazer a política pública na ponta, diretamente para o cidadão”, sentenciou o gestor alagoano.

O governador enalteceu, sobretudo, a iniciativa do TCU, que abordou outras temáticas como as perspectivas de revitalização e formas de assegurar água para usos múltiplos na bacia do São Francisco.

"É muito importante divulgar a importância da revitalização e as perspectivas de investimento no São Francisco. Todos os atores envolvidos precisam elevar seu grau de comprometimento, contribuindo na execução das ações e servindo de porta-vozes para sensibilizar a sociedade em geral, principal interessada na sustentabilidade do Velho Chico”, completou Renan Filho.