Na sexta-feira (16), a Comissão Especial da Câmara dos Deputados se reuniu para votar a Proposta de Emenda à Constituição que tornaria o voto impresso obrigatório. Após um pedido do relator, deputado Felipe Barros (PSL-SP), os trabalhos foram encerrados.
O presidente da Comissão, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), convocou uma nova reunião para 5 de agosto.
A sessão começou tumultuada por três tentativas de invasão nos sistemas da Câmara dos Deputados e foi paralisada em diversos momentos por discussões e acusações.
O voto impresso é uma bandeira levantada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A rejeição do parecer era vista como certa. Presidentes de 11 partidos, incluindo legendas ligadas ao governo, já se posicionaram contra a mudança e defendem que o sistema atual é confiável.
A sessão foi encerrada quando a votação apontava maioria de votos contra a aprovação da PEC. Nos bastidores, a avaliação é de que o presidente Jair Bolsonaro saiu vitorioso, já que o Palácio do Planalto e aliados tentavam adiar a votação para depois do recesso parlamentar - sabendo que a oposição já tinha os votos para derrubar o texto na comissão.
Ao mesmo tempo, alguns deputados afirmam que o projeto perdeu apoio quando o relator, Felipe Barros, apresentou um parecer que poderia acabar de vez com o voto eletrônico, determinando que a apuração leve em conta apenas os registros impressos.
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