A maior ala da oposição em Delmiro Gouveia está perdida. Há dois meses das convenções e não há um nome certo que o eleitorado possa afirmar que é seu candidato para prefeito contra a prefeita Ziane Costa (MDB).
E não é por falta de opção. Renato Torres (PT), Padre Eraldo (PT), Cazuza (PDT) e até Silvinho são nomes que podem formar entre si uma chapa majoritária com potencial de disputa contra o grupo político do ex-prefeito Lula Cabeleira (MDB), pai da atual gestora.
Renato, único que fez papel de opositor por mais tempo, desistiu de disputar a prefeitura como candidato, passando a buscar uma vaga na Câmara Municipal, que talvez de última hora desista também e apoie outra pessoa. Trata-se de um nome natural para a oposição, mas é ofuscado pela vaidade de quem não tem voto nem prestígio político.
O ex-prefeito Padre Eraldo sabe que não deu de tempo se limpar com parte da população delmirense diante da gestão ruim que protagonizou, mas é inegável que assim como Renato Torres é o opositor natural aos Costa. Não obstante, ele próprio demonstra não ter muito interesse em entrar na disputa como candidato, mas se coloca à disposição.
Influenciado pelo deputado Marcelo Victor (MDB), o empresário Silvinho vislumbra a oportunidade de encabeçar uma chapa majoritária, mas é rejeitado pela maioria do grupo que integra. E é a insistência dele que tem distanciado o grupo de uma definição, de modo que até o partido que escolheram tem se dividido internamente.
E tem Cazuza lançado pelo PDT como pré-candidato a prefeito, dividindo a oposição. Apesar de ter a intenção de disputar a prefeitura, o ex-prefeito sabe que o racha favorece apenas a Ziane Costa, que até agora não sabe ao certo quem vai enfrentar nas urnas.
A última vez que a oposição ganhou a eleição em Delmiro Gouveia estava unida e o grupo de situação dividido. Eraldo conseguiu unir todos em torno de seu nome, enquanto a escolha de Carimbão para suceder a Lula dividiu o grupo, levando Valdo Sandes a ser candidato.
Todos os referidos nomes cogitados pela oposição têm potencial político, uns mais e outros menos. O problema é que quase todos querem ser candidatos em uma chapa que só pode ter dois. A vaidade sucumbe a capacidade de observar o que dizem as pesquisas, o que o povo quer.
Faltam dois meses para as convenções partidárias e o delmirense tem certeza apenas de que Ziane será candidata à reeleição. Há quem diga que ainda há muito tempo, mas não consegue divergir quando é questionado sobre quem se beneficia com a indefinição oposicionista.
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