Vinte e um de setembro é o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência.
Começo este artigo homenageando um deficiente físico que é um símbolo. Trata-se de Cláudio Vereza que reside no Espírito Santo, mas cuja luta é conhecida em todo o Brasil.
Cláudio foi o oposto daquela personagem que a Bíblia descreve e que personifica o petulante. O relato evangélico fala do fariseu que batia no peito gabando-se - “Senhor, Senhor, não sou igual os publicanos”.
Cláudio jamais exaltou a si mesmo. Pelo contrário, foi sempre humilde. A cadeira de rolas foi o maior símbolo de sua grandeza.
Cláudio testemunhou a Fé através da vida, da luta em prol dos deficientes, do compromisso com o bem público, da ética em todos os campos de presença e atuação.
Cláudio realizou o que podemos qualificar de explicitação política da Fé.
Quase todas as pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência. Perfeito, completo somente Deus é.
Por orgulho e vaidade alguns pretendem afirmar-se como isentos de qualquer espécie de menos valia. Pobres coitados! Não são inteligentes, não enxergam a verdade. As deficiências mais frequentes são as que se seguem.
Deficiência visual. – E classificada de acordo com a intensidade: leve, moderada, profunda, severa e total (perda completa da visão). A deficiência visual leve ou moderada alcança a quase totalidade das pessoas. A rigor, não são abrangidas quando se usa a expressão deficientes visuais.
Deficiência motora. – É a que dificulta a locomoção. As pessoas que são portadoras desta limitação caminham com dificuldade, não conseguem ou quase não conseguem subir escadas, estão sujeitas a quedas com muita mais frequência do que os indivíduos que não têm esta limitação. Podem necessitar de muletas que são objetos utilizados como apoio, projetadas com o propósito de auxiliar um deficiente a caminhar quando uma das extremidades inferiores requer suporte adicional durante o deslocamento.
Algumas muletas podem ser ajustadas em tamanho e flexibilidade segundo as necessidades do utilizador. No caso de se utilizar apenas uma, deve ser usada no lado contrário do membro lesionado. Há também aquelas projetadas especificamente para crianças. Houve um grande progresso tecnológico na fabricação desse adjutório. É indispensável que os Municípios, que estão mais próximos do problema concreto, produzam leis e fiscalizem os espaços urbanos, de modo que nunca sejam esquecidas as necessidades dos portadores de deficiência.
Os deficientes têm avançado na capacidade de organização e de luta. Encontros nacionais têm sido realizados com participação cada vez maior. Não apenas os deficientes têm batalhado por seus direitos. Também cidadãos que não carregam, nem registram em pessoas da própria família, qualquer deficiência, têm apoiado as pelejas travadas.
A educação do deficiente, o aproveitamento de seus dotes, para compensar eventuais imperfeições, é preocupação que deve caracterizar uma sociedade que pretenda guiar-se pela Ética. Só povos que se encontram num estado de completa insensibilidade moral abandonam a educação dos deficientes.
*É magistrado aposentado (ES) e escritor. E-mail: jbpherkenhoff@gmail.com - Site: www.palestrantededireito.com.br
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