Considerando a situação econômica atual e vendo a necessidade de alguns grupos, o governo decidiu ampliar a oferta de crédito consignado. No dia 18 de março deste ano foi publicada a Medida Provisória 1.106 com o objetivo de ampliar a margem de crédito consignado oferecido para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além dos segurados do Regime Geral de Previdência Social, os beneficiários de programas federais de transferência de renda também poderão fazer um crédito nesta modalidade.
Com esta medida, o governo autoriza a liberação de empréstimos consignados para pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) e também para quem recebe o Auxílio Brasil.
Porém, para que os beneficiários destes programas possam realizar um crédito deste tipo será preciso a regulamentação das condições, como os prazos de pagamento, as taxas máximas e também os convênios com as instituições financeiras, entre outros itens.
Ainda no mês de março, no dia 28 foi publicada a Instrução Normativa 131. Com esta normativa, aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC já poderão fazer empréstimos a partir do próximo mês com novas condições.
A normativa publicada volta a estabelecer a margem de crédito como nos anos anteriores, no período da pandemia. A partir de agora o beneficiário poderá comprometer até 40% da sua renda para realizar o empréstimo consignado, sendo 35% para o empréstimo pessoal e 5% para compras com cartão de crédito.
Neste documento fica determinado que tanto quem recebe aposentadoria ou pensão do INSS, como também quem tem o BPC poderá fazer créditos consignados. No entanto, ainda se espera que o Ministério da Cidadania determine as regras do crédito para quem recebe o Auxílio Brasil e que realize o procedimento de autorização para que as instituições financeiras possam liberar os empréstimos.
Atualmente o crédito consignado para beneficiários do INSS tem um prazo de até 7 anos para parcelar (84 meses) e a taxa de juros máxima é de 2,14% ao mês. No caso do crédito para beneficiários do BPC ou do Auxílio Brasil se espera que ofereçam um prazo de apenas 4 anos (48 meses) para o pagamento e que as taxas de juros estejam em torno de 2% ao mês.
Em todos os casos, o comprometimento máximo da renda (margem de consignação) será de 40%. Contudo, a decisão final sobre a liberação do empréstimo e o capital emprestado vai depender da instituição financeira, após a análise de crédito.
Há previsões para que o crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil seja liberado a partir do mês de maio, porém, enquanto não for emitida a instrução normativa e as instituições não adequarem seus sistemas, não será possível que os beneficiários solicitem o crédito.
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