Foi adiado mais uma vez o julgamento do processo que definiria o futuro político de padre Eraldo Joaquim Cordeiro, o Padre Eraldo, como é mais conhecido. O caso deverá retornar à pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL) na semana que vem, depois que o desembargador Orlando Rocha Filho pediu vista, durante a sessão pública desta quinta-feira (5).
Em seu parecer, o relator do processo, desembargador André Carvalho Monteiro, considerou que não há provas que possam justificar a inelegibilidade de Padre Eraldo, pois a doação de R$ 2.500,00 que teria sido realizada acima do limite legal para a campanha de senadora de Heloisa Helena, nas eleições 2010, na verdade teria sido para ele próprio, que na ocasião era primeiro suplente da chapa dela.
Quando representou o padre na 40ª Zona Eleitoral, o Ministério Público entendeu que ele fez doação acima do limite legal para a campanha de Heloisa Helena. Baseado nisso, o juiz Jairo Xavier Costa, na época responsável pela referida Zona Eleitoral, determinou a inelegibilidade de Eraldo.
A defesa de Padre Eraldo recorreu da decisão junto ao TRE/AL, que marcou o julgamento para o dia 14 de março deste ano, mas na data decidiu retirá-lo de pauta, o transferindo para a sessão do dia 21 do mesmo mês. No novo prazo, o processo foi novamente adiado, desta vez sendo enviado para a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/AL).
Enquanto aguarda uma decisão da Justiça Eleitoral, mesmo inelegível, Padre Eraldo é pré-candidato a prefeito de Delmiro Gouveia. O resultado do julgamento deverá provocar mudanças em toda a conjuntura política na disputa pela prefeitura e a Câmara de Vereadores do município.
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