A afirmação do parlamentar, que está em seu segundo mandato como vereador, foi feita em uma rede social, nesta segunda-feira (23), ao responder a perguntas do perfil de nome Paus Preto Terra Linda, que faz referência a um dos maiores povoados do município, a comunidade quilombola Paus Preto.

“Estamos sim construindo essa ponte para que eu seja o vice de Maílson, estamos consultando os amigos e a população de modo geral, nada imposto, tudo no diálogo, mas o caminho é esse Maílson x Adeildo”, escreveu o parlamentar.

Outra pergunta respondida pelo vereador ao perfil Paus Preto Terra Linda foi sobre sua atuação como parlamentar. “Procuro fazer o melhor que posso, estou no meu segundo mandato e sempre procurei fazer as coisas dentro da legalidade, comprando as carências de todos, sabemos que a atuação do vereador é muito limitada, o vereador pede, cobra, fiscaliza, mas a execução fica com o gestor, quando entrei para política, mesmo com a negativa da família, que achava que isso não era para mim, mas apoiava e apoia, se eu achar que é o que quero, dizia que o máximo que queria era dois mandatos para vereador e hoje estou cumprindo, vou para vice e o povo vai jugar o meu trabalho”, postou Adeildo Inácio Medeiros.

Se confirmada a chapa de Maílson Mendonça e Adeildo Inácio Medeiros, eles deverão ter como opositores na disputa pelo Executivo o próprio prefeito Elmo Medeiros (PMDB) e seu atual vice, que deverão disputar a reeleição, além da ex-prefeita Leonor Monteiro, que também já lançou seu nome como pré-candidata a prefeita. Ela foi prefeita do município por dois mandatos seguidos, entre 1997 e 2004. Outros nomes poderão surgir na disputa, inclusive oriundos da própria Câmara de Vereadores do município.

Processos na Justiça

Vale lembrar que, em setembro de 2015, o juiz Alfredo dos Santos Mesquita, da Vara do Único Ofício de Olho D’água das Flores, determinou a indisponibilidade dos bens que estavam em nome do prefeito de Monteirópolis, Elmo Antônio Medeiros, e do ex-prefeito, Maílson de Mendonça Lima, para promover o ressarcimento ao erário devido a irregularidades no Instituto de Aposentadoria, Previdência e Pensões de Monteirópolis (Iaprem).

A decisão foi em caráter liminar e fez parte do julgamento do processo número 0700215-04.2015.8.02.0025, baseado numa Ação Civil de Improbidade Administrativa. Segundo a decisão do magistrado, que está publicada na página do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) na internet, deviam ficar indisponíveis os bens do ex-prefeito Maílson de Mendonça Lima no valor de R$ 1.532.199,71 (um milhão, quinhentos e trinta e dois mil, cento e noventa e nove reais e setenta e um centavos), montante relativo ao não repasse das contribuições ao Iaprem nos anos de 2009 a 2012.

Já do atual prefeito Elmo Antônio Medeiros deviam ser bloqueados os bens no valor de R$ 2.390.501,04 (dois milhões, trezentos e noventa mil, quinhentos e um reais e quatro centavos), montante relativo ao não repasse das contribuições nos anos de 2013, 2014 e 2015, nos moldes dos arts. 7º e 16, ambos da Lei nº 8.429/92.

Na ocasião, a assessoria jurídica do prefeito Elmo Medeiros informou que a decisão do magistrado, em caráter liminar, não é condenatória, não é prova de nada e que tinha tudo para ser revertida. A assessoria disse ainda que aguardava a publicação da decisão em meios oficiais para tomar as providências cabíveis.