Beltrão é candidato à reeleição, após ter desistido de disputar uma das duas vagas ao Senado. Quintella quer deixar a Câmara Federal e conquistar uma das duas vagas de Alagoas no Senado. Ele faz dobradinha com o senador Renan Calheiros (MDB), que disputa a reeleição.

Em 2016, tanto Marx Beltrão quanto Maurício Quintella, em sessão na Câmara Federal, votaram a favor da abertura do processo de impeachment contra a então presidenta Dilma Roussef (PT). Quando o processo chegou ao Senado, ela foi cassada e Michel Temer, que era o vice, assumiu o cargo, onde permanece até hoje.

Porém, por duas vezes após ter assumido o cargo, Temer correu o risco de ser investigado por supostos crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os pedidos de investigação foram enviados à Câmara Federal, a quem cabia autorizar ou não a abertura dos processos.

Nas duas ocasiões, os deputados Marx Beltrão e Maurício Quintella votaram contra a abertura de processo, ou seja, defenderam o presidente Temer. Os dois eram ministros, respectivamente, do Turismo e dos Transportes, Portos e Aviação, e pediram afastamento dos cargos para que pudessem reassumir seus mandatos na Câmara Federal e votar a favor do presidente.

Depois, voltaram aos ministérios, onde ficaram até o primeiro semestre deste ano. Eles foram exonerados dos cargos para que pudessem se candidatar. Agora, fazem parte da chapa encabeçada pelo governador Renan Filho (MDB), que é candidato à reeleição e que, juntamente com o pai, o senador Renan Calheiros, já fez duras críticas à gestão de Michel Temer. Os Renans apoiam Lula e seu vice Fernando Hadad, ambos do PT, na disputa à Presidência da República.

Marx Beltrão e Maurício Quintella, vestidos de preto, puxaram passeata em São José da Tapera nesta sexta-feira (7)