O ex-ministro Joaquim Levy assumirá o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na gestão de Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (12) pela assessoria de imprensa de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.
Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff no primeiro ano do segundo mandato da presidente e acabou afastado após a tentativa frustrada de fazer um ajuste nas contas públicas.
Nesta segunda (12), o executivo se despediu de colegas do Banco Mundial, onde ocupava o cargo de diretor financeiro. Ele deve se incorporar à equipe de transição.
Assim como Paulo Guedes, Levy é doutor pela Universidade de Chicago, no EUA, berço de economistas liberais.
A escolha de Levy para o cargo foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (11). Outros cotados para integrar a equipe econômica de Bolsonaro que foram ventilados são Ivan Monteiro, presidente da Petrobras, e Mansueto Almeida, secretário do Tesouro. A sua permanência nos respectivos cargos, contudo, não foi confirmada até o momento.
No desenho da equipe do presidente eleito, Ana Paula Vescovi, atual secretária-executiva do Ministério da Fazenda, ficaria com a presidência da Caixa Econômica Federal. Mas a indicação também não foi confirmada.
No BNDES, Levy terá como missão atuar em três eixos. No primeiro, o de logística e infraestrutura, deverá auxiliar o trabalho do PPI (Programa de Parceria e Investimentos), que no governo Bolsonaro ficará a cargo dos generais.
O segundo é o de estruturador e viabilizador de privatizações, uma das principais bandeiras de Guedes para a economia.
Neste ponto, é considerada positiva a experiência de Levy como secretário de finanças do Rio, de ministro da Fazenda e de técnico do FMI (Fundo Monetário Internacional). Com isso, pode viabilizar mais rapidamente operações financeiras que envolvem diferentes entes, como empréstimos-ponte -no jargão financeiro, um empréstimo que é dado até que outro banco financiador assuma a operação.
O terceiro é o eixo da inovação e das novas tecnologias. Não apenas para atender novas empresas (start-ups) mas também as que já estão no mercado e precisam de dinheiro para inovar. Com informações da Folhapress.
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