O prefeito de Pariconha, Fabiano Ribeiro (PP), afirmou nesta quinta-feira (12) que não apoiará nem o ex-gestor do município, Moacir Vieira, nem o seu atual vice, Valmir de Zé de Moça, na disputa pela prefeitura nas eleições de 2020. A declaração foi feita em entrevista no programa Tribuna Popular, apresentado por Jota Silva na Rádio Correio FM, em Delmiro Gouveia.
Fabiano Ribeiro, que está no segundo mandato consecutivo e, por isso, não pode ser candidato a prefeito no próximo ano, esclareceu que, quando recebeu a prefeitura, há quase sete anos, o município tinha dívidas não pagas pelo ex-prefeito Moacir Vieira e estava no Cauc, que é um cadastro para prefeituras devedoras e que impede o município de receber determinados recursos federais.
“Quando assumi, a prefeitura devia mais de R$ 9 milhões só de INSS, R$ 1.900.000,00 de Pasepe, além de R$ 1.800.000,00 com a Casal. Então, a Receita Federal recolheu da arrecadação do município. Me restou pedir um parcelamento, porque a dívida não foi paga na gestão de Moacir Vieira e de Valdinho, a maior parte na gestão de Moacir. Ainda teve os convênios que não houve prestação de contas”, ressaltou o prefeito.
Para resolver todas essas dívidas, ele explicou que fez parcelamentos e que, até a primeira quinzena de outubro, o município receberá uma “certidão negativa”, uma vez que será retirado do Cauc.
“Meu sucessor ainda vai pagar débito da gestão anterior à minha. De 52 a 56 mil são deduzidos todo mês para pagamento do INSS. Isso é muita coisa para Pariconha. A capacidade de investimento e de pagamento ficou reduzida por conta do pagamento dessas dívidas. Para resolver a situação com o Pasepe, pagamos de R$ 8 a R$ 9 mil por mês. Em relação à Casal, conseguimos a retirada de juros e multas e pagamos um valor bem menor. Pagamos R$ 3.755.000,00 até este mês para regularizar o INSS”, detalhou o prefeito Fabiano Ribeiro.
Além das dívidas deixadas pela gestão anterior à sua e que comprometeram o desenvolvimento do município em seus quase sete anos de mandato até agora, Fabiano disse que outro motivo pelo qual não apoiará o ex-prefeito nas eleições de 2020, caso ele seja candidato, é que, em sua reeleição, em 2016, ele não teve o apoio de Moacir Vieira.
“O ex-prefeito não me apoiou no meu segundo mandato, na segunda eleição. Não teve a honradez de retribuir de forma honrosa o soldado de batalha que eu fui quando era vice-prefeito dele. O atual vice, que respeito muito, também não tenho como apoiar para minha sucessão”, ressaltou o prefeito, durante a entrevista.
Quem ele vai apoiar?
“Vou consultar a população para saber quem ela gostaria que eu apoiasse. Vou perguntar quem a população gostaria que o prefeito apoiasse na sucessão em 2020”, esclareceu Fabiano Ribeiro.
Quando perguntado quais seriam os nomes que poderiam ter o apoio dele, ele disse: “nomes bem avaliados até agora são o do vereador Sarto, Neguinho de Zé Mocó, Fátima de Sarto, Neidinha da Assistência, nome bem cotado, ou nomes neutros, que não estejam diretamente no grupo. O grupo será chamado para conversar e vamos ouvir a população”.
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