Eles são suspeitos de integrarem um esquema de compra de votos, uso do poder econômico e de incluírem na folha de pagamento do município uma extensa relação de parentes, amigos e empregados para receberem salários sem trabalhar, o que caracterizaria uma folha de servidores fantasmas.

O fato, que foi tema de reportagens na imprensa alagoana, a qual publicou a lista com os nomes dos supostos "fantasmas", faz parte de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que, se confirmada, poderá levar a cassação da chapa de "Jaime do Mercado" e do vice, Onofre Costa da Silva (PROS), o "Nah Ferrary", que também é citado no mesmo esquema.

Conforme relatos de testemunhas – também em poder do juiz – a maioria das pessoas contratadas como servidores fantasmas trabalha nos estabelecimentos de Jaime, embora seja lotada em secretárias e órgãos no município e, quando recebe o salário, é obrigada a entregar – a maior parte – aos líderes do esquema.

Para esclarecer as denúncias e dá celeridade à AIJE, o magistrado solicitou do município a relação atualizada de todos os servidores, efetivos e comissionados, os valores salariais, além das cópias das imagens das câmeras de segurança instaladas na sede da Prefeitura e em frente aos estabelecimentos comerciais de "Jaime do Mercado".

A reportagem do CN tentou ouvir a versão da prefeita Eliane Lisboa e do candidato "Jaime do Mercado", mas as pessoas que receberam as ligações, que se identificaram como assessores, disseram que eles só iriam se pronunciar diante da Justiça.