Pretendendo retornar ao cargo de prefeito de Ouro Branco, de onde saiu em 2016, Atevaldo Cabral (MDB) sabe que terá uma eleição bastante difícil.
Como aconteceu nas últimas duas eleições municipais, os prefeitos eleitos venceram "apertados", diante de uma forte oposição, que sempre se prevaleceu das precariedades do município por conta da falta de capacidade de administrar dos ex-gestores.
Em 2016, Edimar Barbosa foi eleito prefeito com 3.797 votos, enquanto a segunda colocada teve 2.493 votos. Naquele ano foram 1.054 abstenções (13,61%).
Na eleição seguinte, em 2020, a eleita foi Denyse de Dona Telma (PP), que teve 3.469 votos, contra 3.195 votos de Atevaldo. Enquanto isso, a taxa de abstenções cresceu. Foram 1.406 eleitores (16,63%) que se excluíram de votar.
Acusada por Atevaldo de "inchar" a prefeitura com secretários municipais de outras cidades, que desconhecem a realidade de Ouro Branco, a atual prefeita, candidata à reeleição, também é acusada pela oposição de gastar dinheiro público, sem explicações, com xerox, combustível da frota escolar na época de férias e pagar mais de R$ 3 mil com a cópia de uma chave. O candidato também acusa o marido da prefeita de ser a pessoa por trás das decisões de Denyse.
O clima político no município, onde as pessoas temem comentar publicamente em quem vão votar na eleição de outubro, também é "ingrediente" para uma "tempestade" de fake news, onde os dois grupos se provocam e se acusam.
Nesta quarta-feira (14), em entrevista na Rádio Milênio (90,7 FM), Atevaldo desafiou a prefeita a provar o que ela fez com o valor da venda da outorga da Casal.
O candidato provocou a gestora a provar qual obra em Ouro Branco foi construída com o valor do dinheiro recebido pela transação e se assim a gestora conseguisse, ele, Atevaldo, renunciaria à candidatura para prefeito.
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