A aliança entre o deputado federal Arthur Lira (PP) e o senador Renan Calheiros (MDB), até então adversários históricos, que apoiaram o mesmo candidato a prefeito em Maravilha, não obteve o resultado esperado.
Rompido com o grupo do deputado estadual Antônio Albuquerque (Republicanos) — cuja irmã, Conceição Albuquerque, é a atual prefeita — o professor Jamis Santana (PP), ex-secretário municipal de Educação, voltou a ser derrotado.
Em 2020, Jamis disputou a prefeitura contra Conceição, então no PTB, que venceu com 2.763 votos, enquanto ele obteve 2.584 votos.
Neste ano, em meio a uma campanha marcada por denúncias, ameaças e até agressões entre os grupos rivais, Jamis Santana voltou a concorrer, desta vez contra o ex-chefe de gabinete de Conceição, o ex-prefeito Antônio Jorge (Republicanos), o "Nino", que venceu com o apoio de Antônio Albuquerque. "Nino" alcançou 3.824 votos, contra 3.144 da oposição.
A derrota, no entanto, não atingiu apenas o candidato do PP. O grupo de Antônio Albuquerque conquistou 90% das cadeiras da Câmara de Vereadores.
Analistas políticos atribuem a troca de propostas por ataques como fator decisivo para a nova derrota da oposição em Maravilha. Além disso, a "cara" infraestrutura da campanha oposicionista foi vista por muitos moradores do município como um desrespeito, considerando as limitações financeiras da maior parte das famílias de Maravilha.
De acordo com o portal DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Jamis Santana recebeu R$ 228.075,60 de Fundo Partidário, registrando despesas de R$ 60.010,00 com os candidatos a vereador, R$ 33.272,98 com combustível, R$ 27.015,00 com militância e R$ 8.940,00 com alimentação.
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