O presidente Jair Bolsonaro (PL) cobrou, nesta quinta-feira (25/8), que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresente a “fundamentação” da decisão que autorizou a operação da Polícia Federal (PF) contra empresários bolsonaristas que, em troca de mensagens, defenderam um eventual golpe de Estado.
Na transmissão, o presidente disse que, no seu entendimento, “não falta mais nada para que o Brasil tenha um problema grave provocado por uma pessoa”, em referência ao ministro do Supremo.
No início desta semana, a corporação cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo do WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas.
Mais cedo, sem citar os empresários, o presidente fez uma publicação nas redes sociais na qual cobrou respeito pela democracia e honra à Constituição. Ele também voltou a pregar em favor da “liberdade de expressão”.
No dia anterior, durante agenda política em Minas Gerais, Bolsonaro ironizou a operação e cobrou um posicionamento de grupos que apoiaram cartas em defesa da democracia. “Cadê a turminha da carta pela democracia?”, provocou.
Entenda a operação contra empresários
A operação cumpriu determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua decisão, o magistrado também ordenou:
o bloqueio das contas bancárias dos empresários;
o bloqueio das contas dos empresários nas redes sociais;
a tomada de depoimentos dos envolvidos; e
a quebra de sigilo bancário dos empresários.
As mensagens divulgadas mostram que empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro começaram a defender um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também candidato à Presidência, vença as eleições de outubro.
Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostrou Bolsonaro em segundo lugar, com 32% das intenções de voto, enquanto Lula aparece em primeiro, com 47% das intenções.
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