O ex-presidente Jair Bolsonaro foi levado nesta terça-feira (16) para um hospital em Brasília após ter uma crise de soluços e vômitos. De acordo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-mandatário, ele também apresentava um quadro de pressão baixa no momento em que a família decidiu conduzi-lo para unidade de saíde. Ele estava acompanhado de policiais que monitoram a residência onde cumpre prisão domiciliar e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
— Ele passou mal, foi uma emergência, está com a Michelle (Bolsonaro). O quadro já apresentado antes: soluços e vômitos. Dessa vez, ainda estava com queda de pressão. Policiais o acompanharam — disse Flávio.
Segundo o chefe da equipe médica que acompanha a saúde do ex-presidente, a ida ao hospital teve como objetivo realizar a "avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares".
— O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou na tarde de hoje, um quadro de mal estar, queda da pressão arterial e vômitos. Solicitei que fosse encaminhado ao Hospital DF Star para avaliação clinica, medidas terapêuticas e exames complementares. Assim que tivermos uma definição clara do quadro clínico, atualizaremos as informações — disse o médico Claudio Birolini, em nota distribuída a jornalistas.
Bolsonaro esteve no hospital no domingo passado, três dias após ser condenado a uma pena de 27 anos por tentativa de golpe e outros quatro crimes. Na ocasião, ele deixou a prisão domiciliar para realizar exames e procedimentos médicos. O boletim médico divulgado logo após a alta apontou quadro de "anemia" e a tomografia mostrou imagem residual de uma pneumonia recente.
Foi a primeira vez que o ex-mandatário deixou a sua residência após a condenação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Como está em prisão domiciliar por suspeita de obstrução de Justiça, desde o início de agosto, Bolsonaro precisou de autorização do ministro Alexandre de Moraes para poder fazer o deslocamento.
Nesta terça, porém, ele deixou o local por uma emergência. A decisão de Moraes sobre a prisão domiciliar prevê que, nesse caso, não há necessidade de autorização prévia, mas obriga a comprovação da condição médica em até 24 horas depois.
"Saliento, ainda, que, havendo necessidade de internação urgente do custodiado por determinação médica, o juízo deverá ser informado em até 24 (vinte e quatro) horas de sua efetivação, com a devida comprovação", diz trecho da decisão do ministro do STF.
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