Dizem por aí que o amor tem muitos significados ou que é algo que não se explica, simplesmente se sente. Há também quem diga que o amor é um privilégio quando correspondido ou compartilhado, mas afinal, como um substantivo masculino de pouco entrave gramatical pode mudar e transformar a vida da gente?
Para a psicologia, o amor é capaz de curar emocionalmente e produzir efeitos que auxiliam na melhoria da saúde e do bem-estar, além disso, promove o autoconhecimento pelo amor a si mesmo e a Deus, no contexto religioso e espiritual. Ao mesmo tempo, o amor constrói laços afetivos, duradouros e infinitos.
Neste contexto, introduzimos o amor atual que, do ponto de vista social e simplificado, não se explica, se sente. Por isso, neste dia 12 de junho, celebramos o amor em suas multipluralidades, em seus muitos contextos e sentidos. Amar no Dia dos Namorados é especial, pois a criatividade aflora o desejo de agradar e presentear a pessoa amada.
Pensando nisso, muitos comércios, restaurantes, resortes e shoppings buscam tornar esse dia ainda mais especial, com promoções, decorações e músicas românticas para todo lado. Para o casal apaixonado é um atrativo à parte, para o comércio ganhos publicitários em suas redes e “bios”. Mas afinal, como explicar o amor?
Para alguns especialistas, o amor é um processo de autoconhecimento e sabedoria, visto que, primeiramente, precisamos amar a nós mesmos e, assim, amar ao próximo como igual. Segundo eles, essa plenitude de autoquerer é essencial para estabelecer laços afetivos, uma vez que o amor é libertador e não o contrário, ou seja, não é dependência e não segue padrões.
Como já dizia o músico Lulu Santos, “consideramos justa toda forma de amor”. Por isso, neste Dia dos Namorados, celebre tal qual como os casais apaixonados, poste seus momentos ou não poste, mas se sinta amado/a. Celebre hoje, como amanhã e não espere o dia 12 de junho para declarar seu amor, faça-o sempre.
Amar no dia 12 de junho é amar como no soneto de Luiz Vaz de Camões, que diz: “o amor é fogo que arde sem se ver / é ferida que dói e não se sente / é um contentamento descontente / é dor que desatina sem doer / é um não querer mais que bem querer”. Ou seja, ame sem lógica de raciocínio, sem explicação ou silogismo, sem substantivos, preposições, mas em enunciados compostos de sujeitos que terminam em uma conclusão lógica, isto é, uma antítese, que consiste em uma figura de linguagem onde ocorre a aproximação de ideias opostas.
Em síntese, para amar não precisamos de datas, horários e momentos marcados. Amamos na presença, na ausência, no apressar do dia a dia, no lento e singular pôr do sol, amamos também na dor, na alegria do querer, no prazer de estar e na ilusão de ser. Amar na expectativa dos jovens apaixonados, na companhia dos antigos amores e nos sonhos de quem ama sem dizer.
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