Ah, que bom seria se todos os dias fosse o “Dia das Mães”, que os filhos acordassem sensíveis a tamanha emoção, que seus corações fossem cobertos de respeito, obediência e gratidão. Ah, que bom seria se os filhos ouvissem suas mães, como ouvem o melhor amigo, ah, que bom seria se eles a tratassem como uma jóia e declarassem seu amor real, assim como o fazem na rede social.
Ah, que bom seria também que os filhos fossem menos virtuais e mais reais, que despertassem do adormecer ‘instagramável’ e fossem viver o agora. Ah, que bom seria que os filhos fossem tomados pelo ato de bondade e compreensão e passassem a dividir as mais simples tarefas e não as excluir de suas obrigações. Ah, que maravilhoso seria se o mundo fosse tomado pela sensibilidade daquela que cria e educa as futuras gerações.
Porém, nesse mundo de meu Deus, nem tudo é como gostaríamos e nem todos irão presentear, realizar e estar com suas mães neste segundo domingo de maio. Entre tantos contextos distintos e fatos marcantes, lhe pergunto: Quantas pessoas você conhece que gostariam de abraçar e beijar a mãe com todo afeto? Ou quantas mães gostariam de ter em seus braços o filho amado? Como já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade, “Por que Deus permite que as mães vão-se embora?”
Por isso, pensando nelas e para elas, aproveitamos o mês de maio para declarar nosso amor e agradecimento, pois essas mulheres incríveis que exercem papéis diversos merecem todo nosso carinho. Entretanto, como encontrar as palavras certas e o presente certo, se para elas o maior e o melhor presente somos nós? Como demonstrar nossa força, se são elas que escolhem se machucar para o mundo não nos ferir?
Como já dizia o poeta e cordelista Bráulio Bessa, “o cabra pode escolher muita coisa nessa vida... ser artilheiro ou goleiro, pedalar ou correr, até o sabor das coisas a gente pode escolher, mas a coisa mais ‘joaiada’, mais preciosa, mais arretada da vida da gente, simplesmente, não se escolhe, a mãe”. Porém, entre tantos exemplos e situações que fazem parte de ser mãe, proponho a seguinte reflexão: Por que ser mãe?
Para algumas mulheres, é um sonho, para outras, um desejo, em alguns casos uma vontade que chega e passa, e muitas nem chegam a pensar, simplesmente sentem. Ser mãe é muito além do ato de gerar, é doar, é a troca do singular pelo plural, é querer viver mais e melhor. É sentir que o impossível é apenas um substantivo masculino, de pouco entrave ortográfico e sem muitas implicações. Ser mãe é um ato de amor, de resistência, de sabedoria e de escolha.
Assim, não fique escolhendo presentes caros ou apenas esperando o mês de maio chegar para declarar seu amor ou realizar o mínimo perto da grandeza dessa mulher que lhe escolheu, pois, se nós filhos fôssemos ou pudéssemos agradecer pela decisão delas em querer ser mãe, passaríamos o resto da vida devendo e não encontraríamos presente nenhum no mundo que fosse capaz de recompensar tanto amor.
Feliz Dia das Mães!!!
Utilize o formulário abaixo para comentar.