Uma das investidas de senadores governistas de desviar o foco da CPI da Covid do governo federal foi por água abaixo. Em resposta a requerimentos de informação apresentados por eles para investigar o uso de verbas federais por estados e municípios no enfrentamento à pandemia, o governo de Alagoas enviou documentos comprovando que usou recursos próprios, e não da União, na tentativa frustrada de comprar respiradores por meio do Consórcio Nordeste, o que impediria uma investigação por parte da CPI. O estado era um dos alvos da base aliada de Jair Bolsonaro por ser administrado por Renan Filho (MDB-AL), filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão e crítico da gestão do presidente na condução do combate ao coronavírus.
Os documentos de Alagoas fazem parte de uma primeira remessa que começou a chegar à CPI. O senador governista Ciro Nogueira (PP-PI) solicitou informações do Ministério Público Federal (MPF) em todos os estados. Foi enviado um ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR), que o repassou às unidades do MPF espalhadas pelo país. Por enquanto, houve resposta sobre apurações relativas a Alagoas e a alguns municípios de outros estados.
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