Em carta aberta divulgada na segunda-feira (18), o deputado estadual, Frederico D’Ávila (PSL-SP), informou: “Não poderia deixar de começar esta carta pedindo desculpas pelo excesso cometido quando do meu pronunciamento na Tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no dia 14 de outubro. Segundo ele, o discurso se deu por estar “inflamado por problemas havidos nos dias anteriores”. Ele usou citações como pedófilos”, “vagabundos” e “safados” para se referir ao arcebispo de Aparecida e ao Papa Francisco. O presidente da Alesp, Carlão Pignatari, pediu desculpas em nome da casa e disse que a questão será analisada. “Em nome do parlamento paulista, eu rego um pedido expresso de desculpas ao papa Francisco e a Dom Orlando Grandes, arcebispo de Aparecida, a quem empregamos nossa incondicional solidariedade. A palavra não é arma para a destruição, é um dom, é construção. Vir à tribuna, lugar mais importante desta assembleia, para proferir ofensas é algo que não pode ser aceito”, disse.
O Conselho de Ética irá investigar a conduta do deputado Frederico D’Ávila. Nesta segunda-feira, 18, a Casa recebeu da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil uma cobrança de punição contra o deputado. A deputada estadual, Carla Morando, também disse ter entrado com representação no conselho de ética contra o parlamentar. “Pelas palavras que não representam a opinião dos pares na Assembleia Legislativa de São Paulo. Para o político, o direito à palavra é um direto inegociável, porém não podemos perder de vista que o uso da palavra que vá além do ponto de vista, divergências de ideias, extrapolam os limites da sua imunidade parlamentar”, argumentou. De acordo com a Alesp, somente na segunda-feira, foram recebidas quatro representações pelo parlamentar, protocoladas por seis diferentes deputados.
Utilize o formulário abaixo para comentar.